Esperançosa

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"Não... Não, não, não, não, não!", eu exclamei enquanto ainda mais lágrimas desciam pelo meu rosto. "Marco Ubaldo Diaz, você não pode estar morto!", eu exclamei e puxei o máximo que podia der ar para meus pulmões.

Eu sabia que ele estava morto, afinal, não havia mais pulsação vinda dele, mas alguma parte dentro de mim dizia que eu ainda podia fazer algo.

Que eu ainda podia salva-lo.

Em meio á rios de lágrimas, eu tentei a respiração boca a boca da forma que eu havia aprendido, tentei três vezes, mesmo sabendo que ele não voltaria a respirar.

Quando parei, olhei para suas palpebras ainda fechadas e mordi o lábio inferior, tinha que ter algo que eu possa fazer.

Em meio ao desespero vejo algo brilhar embaixo da mão que ele tinha sobre o peito, e quando levanto-a, vejo metade da estrela da minha varinha.

Marco seu tonto, podíamos pegar isso depois da explosão.

De repente me lembrei do que ele havia dito antes de sair para a morte certa: "Pode ser que não, mas sei que se tivermos todos os pedaços nós poderemos conserta-la."

A varinha... Se Marco tinha metade do cristal na mão eu só tinha que acha-la e junta-la novamente para que eu possa tentar fazer um feitiço!

Me levantei forçando para focar a visão embaçada por conta das lágrimas que ainda desciam desenfreadas.

Eu andava pelas ruínas do castelo, mas não achava o resto da varinha de forma alguma, procurei até debaixo dos escombros, mas ela estava desaparecida, até parecia estar se escondendo de mim, e minha visão embaçada não estava ajudando nada.

Mas algo passou pelo céu de forma que apenas um cego não veria, e ainda sim, ele saberia que aconteceu por conta do barulho do impacto.

Eu sabia que era a varinha, eu podia sentir. Então sem perder tempo, corri até lá.

Uma grande cratera havia sido aberta no chão, e bem no meio dela, estava a varinha; deslizei até lá e tirei-a do chão, ignorando totalmente sua aparência acizentada e destruida.

Com a varinha em mãos, corri de volta até o Marco com a maior esperança do mundo. Agora tudo dependia de mim.

Ao rever a imagem do latino teimoso desacordado no chão, senti um aperto no coração que me destruiu por dentro.

"Marco se você não acordar... Eu juro que estará morto.", eu fiz uma piadinha na tentativa de me animar e me ajoelhei perto dele.

Delicadamente, peguei o cristal pontudo de sua mão e o aproximei do objeto acinzentado e morto, com intenção de recuperar sua magia.

Porém, assim que tentei encaixar a metade que faltava no suporte da varinha, levei um choque forte e larguei ambos os objetos.

"Será que essa foi a sensação que os monstros sentiram quando Janna os eletrocutou?", perguntei á mim mesma em voz alta enquanto tentava me reconfortar.

Parei de abraçar-me na tentativa de conforto e fitei minha varinha quebrada e sua outra metade que voltara ao peito de Marco.

The Princess and The Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora