Confusa ou em uma Confusão?

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Nós andávamos apressados pelas ruas, a escola não era longe e já estávamos atrasados, não tinha muito o que fazer e mesmo assim Marco foi o caminho todo reclamando, e embora meu corpo estivesse ali, minha mente não estava.

Eu estava distraída, de forma que chegava até a estar indefesa, qualquer coisa física podia me atingir e me machucar fortemente que eu só notaria depois que estivesse sangrando, já palavras? Se alguém me chamasse da pior coisa possível – ou se alguém se declarasse á mim – eu nem notaria.

Minha cabeça funcionava a mil por hora, mas parecia que eu não chegaria a lugar algum.

Primeiro, tinha a questão de minha varinha não ter concerto aparentemente, mesmo depois de eliminar o Toffee de lá, ela parecia estar danificada permanentemente, depois tinha isso tudo que eu estava fazendo pelo Marco e por último tinha... 

"Star!", Marco gritou antes de duas mão agarrarem meus ombros e me puxarem para um beijo cheio de paixão.

Do qual eu claramente não correspondi.

Não estava pronta para isso, estava tão desconectada do mundo real que nem notei algo básico como a forma extravagante que o ser que agora prendia minha respiração havia chegado, a forma que ele sempre chegava.

Não demorou muito para que de olhos arregalados eu passasse a me debater para que ele me soltasse, tanto pela falta de ar quanto pela impulsividade que ele havia me tomado e beijado.

Quando suas mãos firmes finalmente me soltaram,  limpei minha boca com a mão e olhei com raiva em sua direção, ele me olhava alegre por alguma razão.

"ESTÁ LOUCO TOM?!", gritei furiosa e ele continuou com o sorriso em seu rosto.

"Porque está tão brava?", ele perguntou ainda com um sorriso, mas já estava mas sereno.

Busquei uma resposta lógica para aquilo em minha mente, ficando dois longos minutos em meio aquele silêncio – do qual eu pensei que Marco fosse aproveitar para acabar com o Tom por ter feito isso sem minha permissão, mas ele parecia biscar uma resposta em mim também – e somente ao fitar Marco me lembrei do que  á pouco eu estava a pensar.

Fiquei tensa, não sabia que ele saberia tão rápido... Nem que ficaria tão feliz.

"Bem... E-Eu...", eu comecei, já gaguejando, mas por sorte ele me interrompeu.

"Não precisa se explicar, eu não fiquei verdadeiramente bravo naquela noite, na verdade eu comecei a me sentir estranho depois...", ele disse desviando o olhar e coçando a nunca com um sorriso sem-graça.

Franzi as sobrancelhas confusa e tentei lembrar do que ele falava... Noite? Que Noite?

Desciei o olhar para Marco que parecia me perguntar a mesma coisa, com um olhar incriminador em seus olhos.

Eu sabia muito bem o que ele queria dizer com aquele olhar.

Logo fiz que não com a cabeça e as mãos freneticamente, já sentindo meu rosto esquentar. Ele estreitou o olhar como resposta; estava duvidando de mim.

Respirei fundo e fitei Tom séria, pronta para pergunta-lo do que ele falava.

"De que noite você está falando, Tom?", perguntei e seu sorriso se desmanchou completamente.

"Como assim? Você mesma... Não lembra?", ele perguntou sem completar nenhuma frase adequadamente.

"Com você falando em códigos assim eu nunca vou lembrar!", eu exclamei.

Ele formou uma linha com os lábios, e inexpressivo, andou até mim vagarosamente.

"Que tal fazermos disso o nosso momento?", ele perguntou com voz sedutora e calma, se aproximando de mim lentamente.

The Princess and The Bad boyOnde histórias criam vida. Descubra agora