CAPÍTULO DOZE - Quem?

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Como assim não estava mais mancando? Laura voltou rápido para a cama, aquilo era praticamente impossível. Mas logo imaginou o que poderia estar acontecendo, claro que estava relacionado à Bianca. Agora não sabia lidar com o fato de que era a cópia perfeita da irmã, todos acreditariam que ela seria Bianca que havia voltado, inexplicavelmente, dos mortos. Só que Laura estava tensa com toda a situação, não sabia como sair do quarto e encarar as pessoas daquela forma, então saiu pela janela do quarto, nos fundos do quintal já ficava a mata, então ela se embrenhou e correu correu até a casa de Izabel,

 Só que Laura estava tensa com toda a situação, não sabia como sair do quarto e encarar as pessoas daquela forma, então saiu pela janela do quarto, nos fundos do quintal já ficava a mata, então ela se embrenhou e correu correu até a casa de Izabel,

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batendo à porta em desespero, quando foi atendida, simplesmente ficou parada diante da sábia:

- Começou a acontecer? - Izabel pressentiu.

Laura assentiu, apontando para a perna. Em seguida adentrou a casa, Thirza não estava, havia saído para o colégio:

- Eu estou com muito medo, Izabel. Eu não sei como vão reagir quando me virem assim.

- É certo que não dá para encarar como algo normal, as pessoas podem ficar com medo, é claro. Mas você está fazendo isso em troca da sua paz, a reação dos outros independe. Você está fazendo isso por você.

- Ela vai voltar, Izabel. Mas como eu vou ficar?

- Eu lhe avisei desde o início sobre como essa decisão era arriscado. Você concordou.

- Eu sei que a escolha foi minha. mas isso não impede que eu fique com medo. Eu estou com muito medo.

- Eu já fiz minha parte, a partir de agora é uma questão de tempo e de escolha dela. Mas se você quiser, ainda podemos reverter isso.

- Não! - Laura gritou de forma rude. - Ninguém vai reverter droga nenhuma!

Depois de falar isso, ela saiu da casa de Izabel, batendo a porta com força, e caminhou pelo caminho da mata, rindo muito e dando pulinhos. Girava no ar, arrancou a flor de uma planta e tirou suas pétalas, como se brincasse de bem-me-quer ou mal-me-quer. Tomava a direção do rio, até que lá chegou. Ela o olhava e era como o encontro entre velhos amigos, tinha amor em seu olhar.

Laura se jogou na água sem nem mesmo tirar o vestido nem as botas.

X

A mãe de Fernando estava na cozinha, quando ele chegou e os dois começaram a comentar da sorte que foi Marcelo ter ficado sem memória, os dois falavam tão baixo que só se ouvia o chiar dos cochichos. Ela continuava muito mal por conta do que fez o filho, mas igualmente aliviada por saber que ele ainda estava perto dela, não tinha saído fugido pelo mundo, não aguentaria ficar sem ele e sem notícias. A conversa dos dois foi interrompida quando a mãe de Marcelo adentrou e disse que precisava muito que Fernando o filho a lembrar de tudo:

- Tudo bem, mas por onde eu começo?

- Quem sabe as lembranças de vocês da infância.

Fernando só conseguia lembrar das humilhações que sofria e de como era ingênuo e estúpido em ainda chamar Marcelo de irmão:

Ela precisa voltarOnde histórias criam vida. Descubra agora