Capítulo 14 - Voltando às buscas

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– Eu sei disso, Dean (...) Não, não pode fazer guerra de papel higiênico e (...) Não! Isso também não! Só... que tal uma soneca e (...) Okay, esqueça a soneca. Olha... pega meu notebook e brinca com ele. E, Dean, nada de mexer nas proteções, entendeu?

Depois de deixar essas ordens Sam desligou o telefone e respirou fundo. Os olhos ergueram-se para o céu do poente, suplicando um pouco de paciência, depois voltou para dentro da casa abandonada. Era a última da rua que investigavam. Ainda estavam na cidade, dois dias depois do ocorrido com o espírito Myling. E não tinham conseguido o menor indicio de que um Cluricaun ou outra coisa sobrenatural estivesse por ali. Ajeitou o casaco ao redor do corpo enquanto caminhava. A cada dia a temperatura caia um pouco mais.

– Rapaz, seu irmão vai ficar bem – Bobby resmungou quando Sam parou ao seu lado na sala semi desmoronada. O nível de abandono era tão grande que as escadas de madeira que levavam ao segundo andar estavam totalmente bloqueadas – Não precisa ligar para ele a cada cinco minutos.

– Sei disso – Sam suspirou – Mas não gosto de deixar Dean sozinho no hotel.

– Colocamos sal na porta e nas janelas. Desenhamos símbolos de proteção nas portas...

– Com pasta de dente!

– Não importa o que usamos – o mais velho afirmou – Importa que funciona e podemos limpar antes de ir embora. Não se esqueça que o rosto de Dean está bem feio, não dá pra ficar passeando com o garoto enquanto ele parece um ursinho panda.

– Tem razão – a imagem da pele pálida de Dean marcada com hematomas escurecidos chamava a atenção.

– E aqui não é o melhor lugar para uma criança, olhe ao redor. Está tudo desmoronando.

– Bobby, já perdemos dois dias aqui. E não temos nem uma pista de Cluricaun.

– Eu ia dizer isso agora mesmo.

– Então de volta as pesquisas? – Sam perguntou enfiando as mãos nos bolsos – Eu estava vendo um Parque Florestal em Michigan que parece promissor.

Bobby concordou. Observou as armadilhas que estava em pontos estratégico. Cluricaun algum resistiria ao aroma delicioso de mulso espalhado pela sala. O engodo fora utilizado em todas as velhas construções que visitaram. Fizeram vigília e longas campanas através de horas tediosas, tanto para os adultos quanto para Dean, sozinho no hotel.

A pequena cidade fora um fracasso.

– Um parque florestal? Em Michigan, você diz?

– É perto daqui. Chegamos em menos de dois dias de viagem. Historicamente o lugar começou com uma iniciativa de imigrantes irlandeses. Quem sabe temos mais sorte lá...

– Muito bem, garoto. Melhor pegarmos tudo isso e voltarmos para o hotel. E que Deus nos ajude e nos dê mais sorte nesse parque.

Sam apertou os lábios, internamente concordando desesperado com as palavras do outro homem.

S&D

– Dean, cheguei.

Sam anunciou entrando no quarto e jogando a mochila sobre sua cama. Não viu o loirinho em lugar algum.

– Dean? – chamou mais alto. Observando com mais atenção notou que havia água no chão do quarto, vindo da direção do banheiro! – Dean!!

Correu para lá e escancarou a porta, sem se importar em pisotear a água que encharcava a passagem.

– DEAN...?

Calou-se surpreso. Imediatamente entendeu tudo. A banheira transbordava de água e espuma, começando a escorrer pelo piso branco.

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