Capítulo 37 - Avistando um ponto final

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A noite foi tranqüila para os três, apesar de todas as precauções tomadas em todos os sentidos. A certa altura Bobby decretara que estava frio demais para continuarem com a criança lá fora. Principalmente por que o calor da fogueira esmaecia conforme a lenha era consumida pelas chamas.

Foi decidido que Sam e Dean dormiriam num dos quartos do andar de cima, o menos empoeirado. Bobby preferiu ficar no andar debaixo e passar a noite no sofá, atento a qualquer coisa.

No outro dia o caçador mais velho acordou primeiro. Antes de preparar o café foi vistoriar as armadilhas que preparara.

Sam acordou em seguida e, sem querer, acordou o irmão ao levantar-se para sair do colchão.

– Bom dia, Sardento.

– Bom dia, Sammy – o loirinho esfregava os olhos sonolentos – Num so sardento!

Samuel apenas riu, terminando de sair da cama.

– Vá lavar o rosto e... esqueci que não alcança a pia. Vamos escovar os dentes e ver o que o Bobby está fazendo.

– Hn, hn!

Juntos foram pro banheiro, saindo de lá quase meia hora depois, prontos para enfrentar o novo dia. Dali rumaram para a cozinha. Sam colocou Dean sentado em uma cadeira enquanto ia reacender o fogão de lenha e preparar um café para eles.

Mal colocara a água no fogo e Bobby entrou na cozinha com duas armadilhas para ratos na mão.

– Os danadinhos deram um jeito de beber todo o mulso sem cair na armadilha...

O Winchester ergueu as sobrancelhas.

– Quer dizer que tem mesmo Cluricaun nessa fazenda!

Singer aproximou-se da mesa, colocou as armadilhas sobre o tampo de madeira antes de passar a mão pelos cabelos de Dean, que assistia tudo interessado, e bagunçar os fios loiros.

– Sem sombra de dúvidas. Bom dia, garoto.

– Bom dia, tio Bobby!

– E o que a gente faz? Eles são espertinhos...

Bobby passou a mão pela barba cerrada enquanto pensava no que fazer.

– Acho que vou cortar as barras laterais – apontou a gaiolinha de ferro que servia para prender camundongos e mantê-los vivos – E juntar duas armadilhas em uma. Os danadinhos não vão alcançar o mulso sem entrar na gaiola.

– Vamos ficar com metade das armadilhas!

– Melhor metade que funciona do que o dobro que não prende os bichinhos – o homem respondeu num tom meio azedo.

Sam apertou os lábios sabendo que ele estava certo.

– Podíamos colocar algumas no andar de cima, não é?

Meneando a cabeça, Singer concordou.

– Vamos ficar com cinco armadilhas. Eu pensei que dez jaulinhas seriam o bastante, mas pelo visto Cluricaun são mais espertos do que a gente pensava. Vou deixar duas no porão, duas nos cômodos de cima e uma no meio do mato aí fora, só por precaução.

– Parece bom pra mim.

– E o Dean faz o que? – o menino perguntou entediado ouvindo todos os planos traçados pelos adultos e que não o envolvia.

– Temos muito o que fazer – Samuel respondeu virando a água fervente num coador cheio de pó de café. Logo o cheiro forte e característico dominou a cozinha despertando o apetite dos três.

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