Depois de alguns segundos de silêncio desagradável, Connelly depositou a caneca vazia sobre a mesa e lançou olhares de Sam para Bobby.
– Meu único objetivo é matar quantas dessas pragas eu puder, da forma que eu puder. Se você não consegue conviver com meus métodos covardes, garoto, então nossos negócios terminam por aqui.
Fez menção de levantar-se, porém Samuel o impediu.
– Espere – o ruivo sentou-se meio relutante – Você tem razão, o jeito que encontrou para matar kitsunes não é da minha conta. Só quero resgatar meu irmão, nada mais.
Bobby ficou aliviado. Caçadas sobrenaturais eram complicadas, contar com a experiência de Connely podia fazer toda a diferença para salvar Dean.
Nicholas meneou a cabeça em concordância, saindo um pouco da defensiva.
– Acreditem: eu vim aqui e verifiquei cada palmo desse estado, não há o menor indício de que kitsunes vivam aqui.
– Talvez tenham ido para um lugar mais longe. Kentucky ainda é próximo de Wisconsin...
Mas o caçador ruivo negou a sugestão com um gesto de mão.
– Essas criaturas são muito apegadas aos laços. Elas não iriam muito longe do reduto original. Gostam de tradições e vínculos.
– Faz sentido – Sam concordou pensativo – Temos pistas de que Elisa trocou o sobrenome ao se mudar de Wisconsin, que não é longe do reduto, mas manteve o pré-nome. Acreditamos que seja mesmo o nome dela.
– O que não ajuda muito – Connelly resmungou – Quando saí daqui fiz o perímetro seguindo para o sudoeste. Talvez devêssemos seguir a noroeste agora.
– Vou entrar em contato com alguns conhecidos – Bobby decidiu – Avisar sobre uma mulher, provavelmente loira e um garotinho.
Nicholas abriu a boca para dizer algo mais mudou de idéia no último segundo. Ao invés disso chamou a garçonete para pedir mais cerveja. Seu instinto lhe alertou para o perigo de dizer o que achava de verdade. Se dissesse que o garotinho já devia ter virado ração de raposa, aquele rapaz que parecia um gigante era bem capaz de lhe arrancar o pescoço com as mãos nuas.
– Farei o mesmo – afirmou – Creio que chegamos ao Missouri antes de anoitecer. Não sei quanto a vocês, mas eu preciso de uma noite de sono, não consigo dirigir mais uma noite sem parar.
– Combinado – Bobby falou por ele e por seu companheiro de aventura. Por Samuel continuariam na estrada até encontrar o loirinho, mas de pouca ajuda seriam caso desmaiassem de exaustão ao alcançar as kitsunes. Precisavam estar perfeitamente bem: física e mentalmente para o resgate.
Resgate. Singer se recusava a pensar naquela empreitada de outra forma. Não desejava que se transformasse em uma forma de vingança, fato que ocorreria se algum mal fosse feito ao indefeso Dean Winchester.
S&D
– E eles viveram felizes para sempre – Elisa fechou o grande livro e desviou as íris verdes para o garotinho deitado na cama em formato de carro de corrida, coberto até o queixo e com olhos tão arregalados que pareciam dois pires – O que foi...?
– Que história assustadora!
Elisa riu.
– Foi você quem pediu pra que eu lesse! Eu escolheria outra, mas...
– Tudo bem. Dean num tá com medo.
– Garotinho corajoso. Boa noite – abaixou-se para depositar um beijo nos cabelos aloirados e levantou-se – Se precisar me chama.
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And more confusion
FanfictionSam precisa impedir que Dean vá para o Inferno. O tempo está acabando e o desespero aumentando, mas graças a uma dica de Ruby ele acha que encontrou a solução. Porém as coisas não terminam como planejado... Se passa durante a terceira temporada. ©E...