Capítulo 32 - Tomando um rumo inesperado

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– Nós já vamos embora, está bem? – Sam perguntou terminando de ajeitar o loirinho no banco de trás do Impala, cobrindo-o com um dos casados da versão adulta.

O menino parecia confortável deitado no banco de couro puído, porém familiar. Era ótimo reconhecer o cheiro do carro, a sensação voltar para casa.

– Tá... – Dean concordou – Vo pode dize "tchau" pra Elisa?

– Hoje não – o moreno falou firme – Mas eu falo pra ela que você queria se despedir. E não tire o pingente do pescoço – o Winchester caçula referia-se a proteção contra possessão demoníaca, que a criança perdera em algum momento daquela separação.

– Hn, hn.

Depois disso Sam bateu a porta de trás do Impala e caminhou até a Pajero, onde Connelly e Singer observavam o porta-malas aberto.

– E então? – o rapaz logo perguntou observando a kitsune de três caudas presa com correntes de ferro, ainda inconsciente.

– Essa criatura não vai acordar tão cedo – o homem respirou fundo – Vou levá-la até o Monge. Ele não tem tido muito progresso com o elixir. Agora se puder testar em uma cobaia...

Deixou a frase reticente no ar. Bobby aproveitou para mudar de assunto.

– Como Dean está?

– Bem – Sam respondeu – Depois conversamos com ele sobre tudo o que aconteceu. Só quero ir embora daqui o quanto antes.

Connelly meneou a cabeça e bateu o porta-malas, trancando-o.

– Eu tinha uma família. Uma família linda. Até esses monstros tirarem minha esposa e minhas duas filhas de mim. Quando vocês começaram a perguntar sobre kitsunes eu temi que fossem entrar no ramo de raposas, garoto. Vingança é tudo o que me sobrou, por isso fui tão... difícil com vocês no começo.

– "Difícil"? – Bobby perguntou sarcástico.

O ruivo teve a decência de parecer sem graça.

– Depois vi o que vocês queriam: salvar aquele garotinho. Sei que não aprova os meus métodos, Winchester...

Sam cortou a frase com um gesto de mão.

– Você tinha razão. Não posso julgar seus métodos ou suas motivações. Meu irmão e eu não somos muito diferentes...

– Ótimo – Bobby Singer se meteu na conversa – Assim que terminarem as juras de amor eterno poderemos voltar com a programação normal, ou vão querer lua de mel também?

Connelly resmungou alguma coisa e foi para dentro da Pajero, sentando-se ao volante.

– Não se preocupem com as outras duas. O elixir vai dar conta delas, dessa vez não deixarei o trabalho incompleto. Depois tenho uma longa viagem até o Maine, entregar essa "encomenda" – terminou fechando a porta do carro.

– E nós temos uma longa viagem até o Colorado.

– Espero que dessa vez a gente encontre mesmo um Cluricaun – Sam desabafou com desanimo.

– Cluricaun? Sério que vocês estão caçando esses monstrinhos? – Connelly soou incrédulo.

– Sim – Bobby confirmou sem querer entrar em detalhes.

– Por que não disseram antes? – o ruivo ergueu as sobrancelhas – Eu tenho dois ou três desses pestinhas torrando a minha paciência. Se quiserem pegá-los, fiquem a vontade.

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