Mal tinham pisado na área da frente da casa e uma mulher abriu a porta, parecendo muito curiosa com a aproximação, enquanto disfarçava secando as mãos num avental cor de rosa.
– Em que posso ajudar, senhores...?
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Sam e Bobby se entreolharam. Foi o mais jovem quem respondeu.
– Somos os agentes Grimm e Andersen. Buscamos informações a respeito da família Evans.
A mulher não pareceu surpresa. Talvez estivesse acostumada com curiosos perguntando sobre o ocorrido com os antigos vizinhos.
– Meu nome é Margot. São policiais? – ela inquiriu.
– Não, – Samuel retomou a palavra enquanto puxava uma identificação falsa do bolso de trás da calça – somos de uma agência de seguros. Um primo distante da família faleceu e deixou uma herança para as parentes.
– Oh, – a mulher de cabelos grisalhos relaxou ainda mais – Um perda, mas com uma notícia boa. Bem depois daquela tragédia, não? Me pergunto se o tempo melhorou tudo...
Sim, tanto Sam quanto Bobby sabiam da tragédia que saíra nos jornais do condado inteiro. A família quase toda envenenada. Sete moças e um garotinho. Apenas três sobreviventes. Tudo acontecera há cerca de dois anos atrás e os tablóides não traziam nenhuma foto decente para ajudar na busca dos caçadores.
– Alex e Danilla sobreviveram por que tinham trocado de turno no trabalho, acreditam nisso? Destino é algo impressionante. E Elisa ficou a beira da morte, mas ela é uma mulher forte. Pena que o pequeno Tim não sobreviveu.
Elisa. O nome parecia estranhamente familiar a Sam, desde que o lera no jornal antigo, mas o rapaz não pode reconhecer onde o ouvira.
– Os policiais não encontraram suspeitos, não é? – Bobby questionou.
– Isso é o pior. Que segurança temos? Alguém entra em nossas casas e vira veneno na caixa d'água. E um veneno que não deixa vestígios, pois ninguém identificou o que poderia ser! Mas que explicação existe além dessa? Nenhuma.
– A senhora era muito próxima delas?
Margot colocou as mãos nos bolsos do avental e balançou a cabeça.
– Sim, eu as ajudava quando precisavam. Moças trabalhadeiras, então eu ajudava sempre que possível. De vez em quando olhava aquele doce de menino, o Timothy. Nunca me deu trabalho.
– Saberia dizer para onde elas foram?
– Hum... – Margot refletiu na pergunta por alguns segundos – Recebi ligação de Danilla certa vez... a respeito de umas correspondências que ainda estavam chegando nessa casa. Creio que prefixo era de Kentucky. Não posso garantir que ainda estão por lá, essas garotas.
– Sete irmãs, a senhora diz? Sobraram apenas três...?
– Não, não – a mulher agitou uma mão – As irmãs eram Elisa, Danilla e Petra Evans. Christine, Alex, Cinthia e Pamela eram primas em segundo grau... por parte de mãe eu acho.
Bobby e Sam se entreolharam. Sabiam que nem todas as kitsunes de um reduto tinham laços de sangue, mas ainda assim se consideravam família.
– Nos ajudou muito, senhora – Samuel agradeceu preparando-se para ir embora.
– Ei, esperem. Acho que posso ajudar mais – Margot sorriu prestativa – Tenho uma foto das garotas aqui. Querem ver?
Os caçadores exultaram e se controlaram a custo. Uma foto ajudaria muito.
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And more confusion
FanficSam precisa impedir que Dean vá para o Inferno. O tempo está acabando e o desespero aumentando, mas graças a uma dica de Ruby ele acha que encontrou a solução. Porém as coisas não terminam como planejado... Se passa durante a terceira temporada. ©E...