23 - Tenzõ

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POV – Grande Líder Samurai

- Então, Danzõ cumpriu sua parte no acordo. Ele com certeza está desesperado por manter seu segredo escondido, ficará decepcionado ao perceber que todo o seu o esforço não serviu para nada além de nos servir. - disse meu fiel escudeiro

- Vamos conseguir controlar mais uma parte da alma da minha filha, e ela começara a despertar os reais sentidos de uma gueixa, e para finalmente conseguirmos controlá-la por completo. Mas dessa vez, incluiremos minha sobrinha querida também, quero ver o que ela é capaz de fazer.

- O que estão esperando? São Samurais ou Gueixas? O Grande Líder Samurai ordenou que buscassem as herdeiras, deixem o garoto aí e tragam-na.

- Não quero as duas. Só a herdeira principal, ela fará com que a outra se envolva sem que precisemos forçá-las. - os samurais deixaram a sala e foram trazer minha filha para mim.

POV – Kakashi

Ainda não sabia o que deveria fazer. Como eu invadiria o Clã Oculto? Aquela garota só tinha 7 anos e conseguia ser tão boa quanto eu, isso fora aquelas gueixas imóveis que eu vi, e aquele líder samurai.

"Droga, Tenzõ! Como você pode ser tão idiota assim?"

Não queria ter de matar Tenzõ, mas não haveria opções, o resgate dele seria quase impossível, e eu não posso perder a oportunidade de me vingar do 3º Hokage, foi culpa dele todas as mortes que eu vivenciei.

"Desculpe, Rin. Vou sujar minhas mãos com sangue inocente de novo."

POV – Emilly

"Então, aquele invasor era importante afinal."

- Minha filha, querida! – o Grande Líder Samurai, sempre me enojava quando fazia esses tipos de cena, mas não havia perigo, ele conseguira acabar com todas as minhas expressões – Tenho uma grande missão para você. – fiquei rígida, ele percebeu e deu aquela gargalhada – Não se preocupe, acredito que não seja nada que termine com o seppuku de ninguém. Apesar de ainda não entender porque Sakumo Hatake fez aquilo, afinal ele não era um samurai. – Como ele pode ser tão mentiroso? Dentre todos, ele era único que tinha aquela resposta.

Senti meu tio parar atrás de mim e tocar meu cabelo, desfazendo a amarra que prendia a minha máscara. "Será que seria desonrada agora?" Ouvi o riso de meu pai novamente, enquanto meu tio desamarrava as faixas que tapavam minha boca e meus olhos.

- Ele não ousaria fazer algo como isso a você na minha frente. Eu só quero ver você. Medo não é algo que gueixas possam ter. Sim, eu sei, você ainda é só uma Miranai. – minhas faixas caíram e meu rosto estava totalmente exposto como não estava em anos. – Linda! Ainda mais bonita que sua mãe. Quero ver seus olhos. – abri meus olhos lentamente, e encarei as duas máscaras tão conhecidas para mim – Estão vivos, podados, mas vivos. Vejo que ainda quer fazer o que bem entender, mas sabe que se fizer sofrerá conseqüências, e só por isso não fará. São belos olhos. Diria que são selvagens. - aquela era uma boa memória, mas deveria reprimi-la de novo. – Fale o que está pensando, quero ouvir você.

- Já disseram isso para mim uma vez, Grande Líder Samurai.

- Em Konoha é claro! E devo dizer que está ligada novamente a essa aldeia, o ninja que capturou hoje, veio de lá. – "Então, isso é realmente tudo o que os shinobis de Konoha sabem fazer, trair seus companheiros." - Como já esteve em Konoha, quero vigie- o. Irá andar com ele durante todo o dia, o garoto é fraco, não nos oferece perigo. Quero ver qual era o seu objetivo. Não me desaponte, lembre-se que já fez isso uma vez.

- Terá permissão de falar com o garoto e deverá andar assim, com o rosto descoberto para que ele sinta-se mais confortável. – disse meu tio, assumindo a liderança de ordem. – O garoto espera você do lado de fora.

POV – Tenzõ

- Olá! Meu nome é Emilly. – disse aquela voz agradável, que contrastava com toda a rusticidade daquele lugar sem cor. Virei para ver aquela que o disse para mim.

- Linda! – a beleza dela era única, nunca havia visto ninguém como ela, apesar de ainda estar escondida naquela camada forte de maquiagem.

- Não é educado, falar isso a uma dama antes mesmo de se apresentar.- a expressão dela continuava vazia apesar de falar como se estivesse desapontada.

- Meu nome é Tenzõ... – ela não esperou eu terminar de falar, e começou a andar, como não a acompanhei, ela parou e olhou para trás, então a segui. A seguiria para qualquer lugar. - sou um ninja da aldeia da folha. Fui capturado hoje... – ela me cortou de novo

- Não precisa me contar. Eu sei como trouxe você pra dentro do meu clã. – Então foi ela. Bela e perigoso, fácil entender porque me encanta tanto. Mas, espera! Ela me viu chorar e implorar para meus companheiros voltarem. "Droga! Ela deve me achar um bebezão."

- Tem certeza que o seu clã existe? Tirando aqueles dois caras que ficaram lá trás, não vejo mais ninguém aqui, além dos tigres de pedra que vimos na praça central, apesar de achar que eles não falam.

- Todos têm mais o que fazer aqui. Não temos tempo a perder andando por lugares que já conhecemos. Agora, pare de faze perguntas bobas e vamos, quero chegar logo ao pico do penhasco.

Caminhamos muito tempo em silêncio, vez ou outra éramos surpreendidos por gritos bem altos, mas Emilly não se abalava, sempre que isso acontecia, ela virava para mim e sorria. Essa era a melhor parte de ouvir os gritos de dor das pessoas que eu não via. O penhasco era distante daquela praça central, enquanto subíamos, pude ver todo o clã oculto, era enorme e vazio, só se podia ver as suas construções. Chegamos ao penhasco, não havia nada para ver além das nuvens que o cercavam.

- Não é bom trazer pessoas que não conhece aqui. Elas podem ter medo de altura.

- Essas pessoas desmaiariam antes de chegar aqui. – o silêncio se abateu de novo. Parecia que ela só sabia viver nele.

- É um lugar bonito. Mas me parece longe de tudo, não iria gostar tanto daqui, sinto falta do movimento da minha aldeia.

- Engraçado. Esse aqui é o lugar onde eu me sinto mais próxima a sua aldeia. Não venho muito aqui, deve ter percebido que não ficamos com o rosto as vistas assim o tempo todo, então não vejo nada. Mas aqui, eu estou perto do céu. – aquela foi a primeira vez que vi emoção em seu rosto, mas era tristeza, só havia isso tristeza e talvez um pouco de decepção.

Cheguei perto da ponta do penhasco e fiz um balanço muito alto. Ela sorriu, e vi que ela me convenceria a fazer tudo. Seu sorriso valeria a minha vida.

– Um usuário de madeira. Você foi uma das cobaias do Orochimaru. - ela não deveria saber disso - Desculpe. Não estou acostumada a receber visitas.

– Está tudo bem. Mas, o que acha? Você gosta de balanços? - eu sorri quando vi que ela estava em pé no balanço -Agora parece que você tem 3 anos.

– Você não vem?

– E quem vai balançar? - ela puxou o leque e me lembrei de como fui capturado por ela, subi no balanço.

O balanço foi alto demais,e me agarrei mais a ele. Emilly estava gargalhando, ela estava realmente feliz.

Seu cabelo estava se soltando com a força do vento, vi as mechas negras ganhando vida. Era lindo. Tudo nela era lindo. A felicidade dela era tão inspiradora que comecei a gritar agradecimentos a nomes desconexos.

– Obrigado Mestre Danzõ...Orochimaru...3º Hokage...Kakashi...Emilly...

Olhei para ela. E agora suas emoções eram conflitantes. Havia a felicidade, mas havia muita dor.

Mesmo que seja proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora