14 - Revelações

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POV - Anne

A ideia do Mestre Jiraya era linda, ninguém nunca havia pensado algo assim pra mim, algo tão puro, mas ele não sabia que isso era ruim.

Mestre Sarutobe sabia, tinha certeza, ele saberia o que fazer se soubesse quem eu sou.

Encolhi-me mais no ombro de Mestre Jiraya e chorei. Como eu podia gostar tanto dele e ser tão cruel? Com certeza não havia ninguém pior que eu no mundo.

– Chegamos pequena, lembre-se do que me prometeu. Vou esperar você lá embaixo. - ele beijou minha testa e desceu, me deixando sozinha na sala.

– É uma honra recebê-la sozinha aqui, acredito eu que queira falar comigo.

– Mestre Jiraya quer fugir comigo. - disse quebrando de uma vez minha promessa

– Essa não é uma decisão sabia. -disse ao se sentar e finalmente largar em sua mesa o livro que procurava na estante atrás de mim.

–Você sabe quem sou eu, não é?

– Eu adoraria dizer que não, mas sim, eu sei quem é. Desculpe-me se fui rude, mas é um clã de muitos problemas.

– Não há porque se desculpar, também não gosto deles. Mas há algo que você não sabe.

– Imagino que tenha algo a ver com a marca atrás de seu pescoço. -arregalei meus olhos surpresa por ele ter notado isso. - Preciso perceber detalhes como esse mesmo que pequenos. Você pertence a um clã de perfeição, e uma marca como essa é algo que chama atenção.

– É a marca real, sou a filha do Grande Líder Samurai.

– Isso muda tudo. Nesse caso, eles ainda querem você, e foi um erro não ter entregue você logo. Fico grato por sua prudência de vir até mim falar isso e não fugir. Mas acredito que o melhor seja sua fuga, mas sem Jiraya e de volta para a sua aldeia.

– Meu clã ainda não percebeu minha ausência, estamos em uma atividade de infiltração, teríamos três dias para realização dessa, a meta era nos escondemos sem que as gueixas já formadas nos achem. Ainda temos um dia para o fim disso.

– Jiraya sabe sobre sua família de verdade?

– Não.

– Ele precisa, você é importante para ele e pode haver consequências muito graves se descobrirem que ele a trouxe. Acredito que saiba delas melhor que eu.

– Ele não precisa saber. Não posso feri-lo.

– Você já sabe o que quer fazer?

– Amanhã de madrugada deve enviar uma mensagem ao meu clã dizendo que uma gueixa apareceu aqui e que como não foi identificada vocês pedem ajuda para isso. A mensagem só deve chegar um dia depois o que quer dizer que temos dois dias.

– Use esse tempo para se despedir de todos na aldeia com quem você teve contato e venha até mim para contar tudo.

Assenti afirmativamente para ele e comecei a chorar, a realidade de quem eu era iria começar a afeta-los.

Mesmo que seja proibidoOnde histórias criam vida. Descubra agora