Capítulo 21

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LUKE


 "Tudo bem, Não saio por aí amando

todo mundo que encontro pelo caminho,

meus sorrisos não aparecem com facilidade,

mas me importo com as pessoas." – Jogos Vorazes


– O que vocês querem para hoje, rapazes? – Wendy, a gerente do DALLAS, perguntou ao nos receber na porta. Um mimo garantido apenas para os fregueses mais assíduos.

– Nós queremos um balde com o melhor champanhe da casa e um show particular com as duas melhores dançarinas que você tiver – Joe pediu.

– Posso saber qual é o motivo da comemoração?

– Claro, Wendy. Nós recebemos algumas indicações para o "Mais Odiados da América". Então viemos celebrar a hipocrisia da mídia e seu novo modo de tentar nos fazer sentir mal por termos mais sorte e mais dinheiro que eles – respondi e virando-me para Joe completei: – achei que você não fosse topar vir aqui hoje.

– Por quê? – Perguntou Joe, repousando o copo de uísque. – Não tenho a menor intenção de deixar você dirigir a minha Ferrari, se é isso que você está pensando.

– Não, nada disso. É só que... Parece que as coisas estão ficando sérias entre você e a Serena – questionei, levantando a sobrancelha. – Talvez seja a hora de parar de vir aqui.

– Estão mais sérias do que costumam ficar, eu acho. – Joe deu de ombros – Talvez esse seja o meu jeito de estragar tudo, é o que fazemos sempre, né? Encontramos alguém decente que gosta da gente, nos apaixonamos, ficamos assustados e fugimos do que mais queremos.

– Vou fingir que acredito nisso, Joe. Ou talvez a gente possa pensar em uma aposta para você também.

– Aqui está, meninos – Wendy disse ao servir o Champanhe.

– Um brinde aos piores da América!

Ergui a minha taça algumas vezes, sorri um número de vezes que considerei adequado, mas tem alguma diferente comigo. Como se meus pensamentos estivessem todos espalhados e, toda vez que eu conseguia me agarrar a alguma ideia, ela escorria como água pelas minhas mãos.

– Você poderia pelo menos fingir que está um pouco animado, hein, Luke? – Joe estalou os dedos na minha frente tentando me despertar.

– Desculpe. Só estou um pouco cansado.

– Nós podemos ir embora se você quiser – fingi que não notei o tom de deboche do meu amigo e me levantei para partir.

Contrariando o bom senso de tudo que se espera do comportamento de Joe Zigger, ele não fez nenhum comentário irritante. Muito pelo contrário, tive a ligeira impressão de que ele também queria sair dali.

Talvez a nossa vontade de estragar tudo não seja tão grande desta vez.

– Onde está o meu carro, Wendy? – Joe quis saber rindo, enquanto se apoiava em mim para ficar de pé.

– Depois da última que vocês aprontaram aqui você ainda acha que eu vou entregar a sua chave? – Wendy pôs as mãos na cintura e encarou-nos em silêncio. – Esses táxis são para vocês. Não quero que nada aconteça aos meus melhores fregueses.

Caindo na Real [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora