Come With Me

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LAUREN'S POV

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Em algum momento, ou por algum motivo desconhecido eu achei que havia saido um pouco lúcida do meu corpo. Percebi que estava com a sensação de estar bêbada, como se eu estivesse com muito sono, porém tive a plena consciência de ter alguns pensamentos sóbrios e sabia o que estava acontecendo.

Juro que conhecia toda a situação, porém, estava com uma preguiça enorme de tentar organizar as minhas ideias.

" Eu preciso ficar mais lúcida. Estou delirando... MUITO! O que será que deu em mim?"

Não conseguia me controlar, por mais que eu tentasse. De jeito nenhum.

Tinha a total noção do meu real estado, eu sabia o por que daquilo, conseguia ver a pessoa tentando me ajudar, ouvia vozes — a minha, juntamente com a de uma ou mais pessoas — , mas era como se eu não estivesse ligando muito. Eu queria sair dali e dar menos trabalho para a pessoa, mas também queria ficar ali até me sentir bem o suficiente para poder me levantar sozinha.

Lembrava de sentir o meu corpo bater diversas vezes em rochas duras, como se estivesse caindo de uma montanha muito alta, mas ao final daquilo, eu estava bem. Como se tivesse rolado... escadas? E eu não estava morta!

Mas a pessoa que me carregava, pensou.

Talvez fosse uma maneira de me divertir com aquilo e me fazer de morta. Por que? Eu não sei. Mas a cena tinha se saido melhor do que a esperada, e pela primeira vez no dia, ou na noite, eu senti uma vontade imensa de rir de seu desespero. Aquilo me dava um prazer tão imenso que poderia ser comparado a... não. Sexo era muito melhor, pelo amor de Deus, nada se comparava.

E eu queria transar com aquela garota, mas não tinha forças para pedir aquilo à ela. Espera... sexo se pedia? Quanto tempo fazia que eu não tirava nem uma rapidinha, pelo menos?

" Estou bêbada, preciso acordar desse delírio..."

E olha que eu não tinha tomado nem duas taças de vinho.

Eu acho.

— •  —

Me virei para o outro lado, ou tentei, mas parei no meio do caminho ao sentir que algo — ou melhor, alguém,— me atrapalhava totalmente de concluir o ato.

Xinguei mentalmente algumas daquelas palavras bem feias e chulas, antes de por as mãos nas têmporas e pensar em como diabos eu havia parado ali e com alguém, o que era pior. Eu nunca levava alguma menina para o meu quarto. Nunca as convidava para dormir em minha cama, e o pior... nunca havia nem transado ali antes em toda a minha vida.

Abri os olhos sorrateiramente e sorri por ter lembrado, finalmente, de ter fechado o blackout das janelas e da porta de vidro que dava acesso a vista maravilhosa para fora do quarto. Olhei para o meu lado direito e vi que uma garota morena, da qual eu não me recordava quem era, adormecia levemente sobre os meus seios e mantinha um dos seus braços ao redor de mim, como se não tivesse absolutamente nada para fazer naquele dia.

Sorri vitoriosa e soltei o ar dos meus pulmões, me sentindo a maior, a poderosa, a rainha de todas as fodas do mundo por ter levado aquela gostosa para cama. Finalmente eu havia "afogado o ganso" — ainda que não tivesse um — e me sentia nova outra vez. Feliz, disposta e até realizada.

The JudgeOnde histórias criam vida. Descubra agora