XV - Estou deitado em mais uma fria

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Estou deitado em mais uma fria
Madrugada, com as vozes de companhia
O que elas querem de mim? Eu não entendo
Não sou alguém especial, sou apenas o medo

Elas falam em uma língua estranha
Para mim, ruídos, para eles: façanha
Comunicar-se com um quase poeta
Que transforma pedra em cometa

Que vive o que sonha e sonha o que vive
Que mal enxerga o seu mundo, mas vê
A fantasia não como mentira, mas lição
Afinal, algo tão belo não deveria ser ilusão

Portanto, reconhece ser chamado
Pelo seu mundo tão amado
É um pedido singelo
Para fortalecer o seu elo

Os ruídos significam perigos
Perder a melodia de meus amigos
Nunca mais ouvir a sua doce voz
Viver eternamente a sós...
Com os meus fantasmas.

Um Abismo Atrai O OutroOnde histórias criam vida. Descubra agora