XVIII (Poema homônimo)

284 47 35
                                    

Enxerguei bem no fundo da tua alma
Lembranças desgraçadas aterrorizantes
Vieram à superfície, sinto teu trauma
Não fomos bem amados, nem amantes

Sou imediatista, Por ti eu me atraio
Do teu corpo, quero sentir teu perfume
Tuas curvas, teu calor, sem ensaio
Quero que a primeira vez vire costume

Costumo gostar sempre de improviso
Variar a nossa sublime forma amorosa
Delinear os teus traços, só com o aviso
Prévio que estou aqui, com café e prosa

Estou te esperando, já me conhece?
Não? Temos só para nós essa noite
Amemos já, pois logo amanhece
E antes que eu impeça. Foi-te.

Desisti imediatamente de ser neutro
Temos ambos sentimentos abismais
E um abismo atrai o outro.

Um Abismo Atrai O OutroOnde histórias criam vida. Descubra agora