XVI - Sou carente daquilo que não possuo (e que nunca terei)

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Sou carente daquilo que não possuo
E que nunca terei
Saudável, até abrir o meu peito
E expor meu coração
Todo cheio de remendos
Sofrido, cansado de surras passadas

Meus olhos entreabertos vêem vultos
Que desejo que fosse você aqui
Só que sei que são apenas sombras
Que minha memória insiste em trazer
Massacrada seja minh'alma

Sentimentos cultivados as pestes estragam,
Deixo então de qualquer forma...
Quem sabe um dia, alguma florista
Se interesse em restaurar meu coração.

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