My daughter -(Niall Horan fanfiction)

29º capitulo

----------------- Niall --------------------

  O sol não se tinha posto à muito tempo. Estamos no hospital, à espera que todos os cuidados com a nossa princesa sejam devidamente feitos. Ainda não acredito que a tenho comigo, ainda não acredito que este grande pesadelo acabou e que conseguimos prender os responsáveis. Ainda não acredito que não vou passar mais noites em branco por não saber da minha menina. Talvez as passe, porque a preocupação de saber se ela irá permanecer na cama irá ser imensa. Mas é um alivio tao grande. É como receber o melhor premio que poderíamos receber. É a prova de que deus é grande e ajuda quem merece.

  Eu e a Diana nunca fizemos nada que merecesse tal castigo. Sempre fomos bons pais. Sim, eu sei que o fomos. Apesar d sermos novos e de eu ser rico (odeio dizer isto de mim próprio) nunca deixei que a minha filha se achasse mais que os outros ou que quisesse tudo o que lhe aparecesse à frente. Ela foi educada tal e qual como eu, da maneira que deve de ser. Claro que tem mais benefícios e a certeza de que nada (por agora) lhe irá faltar. Mas isso não lhe dá o beneficio de ser mais que alguém ou de não ser boa pessoa.

 Ninguém imagina o grande alivio que senti no momento em que levantei do chão duro de cimento, quando todo o zumbindo e vista turva tinham saído de mim. Sabia, que naquela altura, se tudo tivesse corrido bem, a Diana iria estar com a Katherine nos braços a abraça-la e a beija-la como se não houvesse amanha. Ninguém imagina o grito que eu dei ao perceber que ninguém se encontrava à minha volta sem ser os paramédicos que tinham acabado de chegar. Eu fugi deles, literalmente. Eles quiseram ver se estava tudo bem comigo e se algo me tinha atingido mas eu não quis saber. Eu só quis correr – mesmo que as forças fossem poucas- correr, até chegar ao alcance da minha pequena.

  Comecei a ver pequenas pessoas ao longe enquanto virava a esquina para a rua onde o Paul me tinha indicado que estaria o carro. Várias pessoas estavam lá mas duas destacaram-se, as minhas princesas. Diana estava com a katherine ao colo. Percebia que Diana chorava pelo movimento continuo das suas costas, para cima e para baixo. Cada vez me ia aproximando mais até que cheguei ao local. Não me tinha apercebido durante a minha corrida, que a minha cara se encontrava invadida de lagrimas malandras que não aguentaram toda a emoção presente dentro de mim, e que se quiseram libertar. Um sorriso apoderou-se da minha cara. Já era óbvio que fosse acontecer. Corri até elas como senão houvesse amanha, e abracei-as com todas a força possível, naquele momento.

  O característico cheiro da Katherine ainda estava presente nos seus cabelos, ainda que fosse por uma pequena quantidade. O cheiro a suor e a tabaco era mais abundante em si. As suas roupas encontravam-se deveras encardidas e sujas, não se notando o rosa e branco que eu lembro-me que tinha vestido no dia em que foi levada. Não admira que cheire tanto a suor, está com a mesma roupa há praticamente uma semana.

  Mas a Felicidade que senti ao poder abraçar o pequeno ser que me trouxe mais luz à vida, foi a melhor coisa de sempre. Sentia tantas saudades dela, mas tantas. Tiraram-me uma parte de mim quando a levaram, e agora tenho-a de novo. Só de pensar que nuns tempos mal a via e que não lhe dava a devida atenção dá cabo de mim. Mas a partir de agora serei um pais mais presente e capaz de lhe dar toda a educação e felicidade que ela precisa. Serei  o primeiro a tentar faze-la sorrir quando cair, a ensina-la a ler e a escrever devidamente, a ensina-la a andar de bicicleta. Quero ser eu a fazer isso, e mais ninguém irá tomar o meu lugar.

  Nem o estupido do Conor. Conor. Pois é. Parece que estava enganado em relação a ele. Sei que tenho de lhe pedir desculpas por ter insinuado que era ele que estava com a katherine e não o devia ter feito, ele estava a ser sincero afinal.

  A entrada de uma enfermeira no pequeno compartimento em que eu e a Diana nos encontrávamos, fez-nos acordar. Sim, a mim dos meus pensamentos e a Diana do seu sono profundo. Tinha adormecido assim que aqui chegáramos e de quando teve a certeza que a Katherine estava em boas mãos e que nada de mal lhe iria acontecer.