Capítulo 4

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- E o que pretende fazer, Aninha? - Kate perguntou enquanto mexia o arroz.
- Ainda não sei, mas farei o que possível e impossível para ficar longe do Christian antes que eu perca a cabeça. - Afirmou segura.
~*~
[...]
Dias depois...
Durante o resto da semana Anastásia fez o possível para evitar Grey. Falava o minimamente possível com ele e quando a aula acabava, saía rapidamente antes que os demais alunos fossem embora, evitando assim ficar a sós com ele.
Era domingo e Christian havia ido para mais uma de suas terapias com o doutor Flynn. No dia anterior, havia levado o diário para que o psicólogo lêsse e soubesse melhor o que se passava com ele. Assim que chegou para a sessão, o moreno se sentou no divã e relaxou.
- Li seu diário, Christian. E agora entendo porque está estranho! Definitivamente, está apaixonado!
- Talvez sim, mas de que adianta se o que sinto é proibido? - Perguntou ficando triste.
- Não considero proibido e sim, inapropriado já que ela é sua professora. - O homem discordou avaliando a situação de fora.
- Dá no mesmo! E não é só isso, ela é bem mais velha que eu!
- Mas idade não é importante no amor. É apenas uma convenção da sociedade. Se ela não fosse sua professora, vocês poderiam ficar juntos sem problemas.
- Acha que devo investir nela então? - Questionou se sentando no divã e esboçando um tímido sorriso.
- Não disse isso, mas acho que vocês precisam conversar. Mas se o que sentem um pelo outro for realmente verdadeiro, cedo ou tarde irão ficar juntos. Porém, tome cuidado para não prejudicar essa moça. Ela pode ser acusada de assédio caso seja vista com você.
- Pode deixar, tentarei me controlar doutor. - Prometeu.
~*~
[...]
Dois dias depois...
- Pessoal, como lição de casa quero que façam os exercícios da página 65. - Anastásia ordenou quando o sinal tocou. - Até quarta-feira! - Despediu-se de todos e foi à sua mesa guardar seus pertences.
Christian colocou sua mochila nas costas e assim que viu todos saíram, fechou a porta da sala.
- Ei, o que acha que está fazendo? - A morena perguntou vendo o rapaz vir em sua direção cheio de atitude.
Nem parecia aquele Christian tímido e retraído de sempre.
- Você está me evitando há dias e precisamos conversar.
- Acho que já deixei tudo bem claro, não? - Olhou para os lados.
- Não, não acredito em você. Quero que diga olhando nos meus olhos que não sente nada por mim e realmente quer se afastar.
- Tenho que ir embora. - Ana pôs sua bolsa sob os ombros e tentou se desvencilhar de Grey mas ele segurou seu braço.
- Você não vai sem antes dizer o que sente por mim, eu preciso saber. - Segurou o outro braço, deixando-os frente a frente e a prensou contra a parede, colando seus corpos.
- Eu... Eu... - Ana estava ofegante por conta do nervosismo e a proximidade do rosto de ambos.
Christian estava tão próximo dela que a mesma conseguia sentir sua respiração tão agitada quanto a dela. Ana olhava diretamente para os olhos cinzas e profundos dele. Seu olhar foi descendo pelo nariz até a boca carnuda e entreaberta do moreno.
Era tentação demais.
Sabia que tinha que dizer não, que deveria se afastar mas parecia que seu corpo e seus lábios não queriam obedecê-la pois estavam quase encostando nos dele.
Não podia impedi-lo.
Não queria.
E então, simplesmente fechou os olhos e quando ele encostou seus lábios nos dela, percebeu uma coisa.
Christian não sabia beijar muito bem.
Não era o primeiro beijo, mas dava pra notar que ele não tinha lá tanta experiência quanto ela. Grey lhe deu um selinho demorado mas ela queria mais e por isso, pediu passagem com a língua e ele permitiu abrindo sua boca e deixando que a língua da morena lhe invadisse e dominasse, sentindo-a provar cada canto de sua boca.
As mãos dele deslizaram pela cintura fina dela, enquanto a jovem pôs as mãos nos cabelos dele, lhe dando alguns puxões que o fizeram gemer. Estavam em um lugar proibido, fazendo algo proibido, mas ao mesmo tempo delicioso.

- Não! - Ana afastou-se dele ao se dar conta do que estava fazendo

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- Não! - Ana afastou-se dele ao se dar conta do que estava fazendo. - Isso saiu dos limites, que droga!
- Não passamos não, será que não entende que gosto de você? - Perguntou vendo-a ir até a porta mas foi completamente ignorado por ela que abriu a mesma e saiu correndo dali. - Merda! - Grey resmungou dando um soco na parede.
~*~
[...]

"Finalmente a beijei. Me enchi de coragem e mandei a real para ela e quando me dei conta, Anastásia já estava nos meus braços. Foi o melhor beijo da minha vida. Tudo bem que não tive muitas mulheres até hoje mas cara, nunca senti tanto desejo por uma mulher como sinto pela minha professora. Que se dane as convenções, a sociedade... Quero essa mulher pra mim e farei o que tiver ao meu alcance pa..."

- Filho, está na hora do jantar! - Grace avisou entrando no quarto de Grey, que fechou o caderno rapidamente e o guardou na gaveta do criado-mudo, junto com a caneta.
- Grace, custa bater na porta antes de entrar? Poderia estar pelado, sabia?! - Rosnou bravo se levantando da cama.
- Desculpe filho, mas está tudo bem? Te sinto diferente nesses últimos dias. - A mulher de meia idade notou, franzindo o cenho.
- Está sim. - Respondeu tirando sua jaqueta.
- Filho, aceito seu jeito e sei que é um rapaz fechado, mas eu e seu pai estamos aqui pra te ajudar. Queremos o melhor para você. - Aproximou-se dele.
- Eu sei disso, Grace. - Tentou esboçar um sorriso.
- E a terapia? Como anda? - Puxou assunto, pondo as mãos sob as costas dele.
- Está indo bem. - Foi em direção a porta.
- Que bom filho, e a escola? - E ambos saíram do quarto e desceram as escadas conversando. Depois, foram jantar ao lado de Carrick, Elliot e Mia.
~*~

- Quer dizer que se beijaram? E como foi? Ele é gostoso como parece? Vi o Christian de longe nos corredores da escola e olha, que gatinho! - Katherine brincou se deitando no sofá da sala

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- Quer dizer que se beijaram? E como foi? Ele é gostoso como parece? Vi o Christian de longe nos corredores da escola e olha, que gatinho! - Katherine brincou se deitando no sofá da sala.
- Kate, como foi não importa! Importa que cometi um grave erro, me deixei levar pelo momento e agora, não sei como vai ser. Posso ser acusada de assédio, sabia? Perder meu emprego, minha carreira, tudo! - A morena cobriu o rosto com as mãos, apavorada.
- Mas ele jamais denunciaria você.
- Eu sei disso, mas e se alguém tiver nos visto?! - Passou a andar de um lado para o outro, preocupada.
- Calma Ana, ninguém deve ter visto vocês! Controle-se, vai ficar tudo bem. - Levantou e parou a amiga segurando em seus braços.
- Isso tem que acabar, antes que eu perca o controle de tudo. Aliás, já perdi há muito tempo, no dia em que fui naquela droga de boate e conheci esse garoto. - Começou a chorar.
- E o que pretende fazer? - Soltou a amiga.
- Colocar um ponto final nisso tudo de uma vez por todas. - Respondeu enigmática.
~*~
[...]
- Bom dia, senhor Hyde. - Anastásia disse batendo na porta e entrando na sala do diretor do colégio.
- Olá senhorita Steele. - Jack a cumprimentou parando de assinar documentos para dar atenção à ela. - Ainda não está na hora das suas aulas, por quê chegou tão cedo?
- Desculpe incomodar, mas preciso falar com o senhor. - Aproximou-se da mesa dele e uniu as mãos que estavam trêmulas pelo ansiedade que sentia.
- Pois não, o que houve? - O loiro indagou curioso e a morena respirou fundo.
- Vim pedir demissão.

E rolou o tão esperado beijo!
E aí, o que acharam do capítulo??
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