Capítulo 5

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Espero que gostem 💜

- Demissão? Por quê Anastásia? - Jack perguntou se levantando de sua poltrona, completamente chocado com o pedido da funcionária. - Você parecia tão empolgada com esse trabalho e do nada vem com isso?!
- Por quê? Er... - Desviou o olhar a procura de ter uma boa desculpa para dar à ele. - Tenho um filho pequeno e acho que não darei conta de tantos afazeres ao mesmo tempo. - Tentou se justificar.
- Sei que sua carga horária está um tanto quanto pesada, mas isso não é motivo para pedir demissão aliás, se quiser podemos conversar sobre. - Mostrou-se solícito. - E seu filho tem que ser um incentivo para continuar. Você não disse na entrevista que o cria sozinha?
- Sim, mas...
- Ana, pense no seu filho. - Interrompeu-a. - Se você se demitir, como vai cria-lo? - Tentou trazê-la a realidade. - Trabalho anda escasso, sabia? Ainda mais de professora em um colégio tão tradicional como o nosso.
- Eu sei. - Concordou baixando a cabeça.
- Tem certeza que é isso que quer? Ficar desempregada? Pense bem antes de tomar uma decisão que não tem volta. - Aconselhou-a fazendo-a repensar na decisão.
- O senhor está certo! Peço desculpas por ter lhe incomodado. - Pediu envergonhada não sabendo onde esconder a cara.
- Não tem problema. - Sentou-se novamente e sorriu satisfeito por ter convencido-a.
- Com licença, senhor Hyde. - Pediu indo em direção a porta, a abriu e foi embora.
Jack estava certo, mesmo não sabendo os reais motivos para a jovem se demitir.
Pedir demissão não era solução para seus problemas.
Não podia ficar desempregada afinal, tinha um filho pequeno para criar.
O jeito era resolver suas questões de outra forma.
~*~
Durante a aula, Christian não parou de admirar sua professora um minuto sequer. Estava encantado por seu jeito, sua pele, suas curvas.
- Chris, disfarça! Ninguém precisa saber que está a fim da professora. - Taylor, um rapaz de cabelos castanho claros e porte atlético repreendeu dando uma cotovelada em Grey.
- Quem disse que estou a fim dela? - O jovem se fez de desentendido enquanto copiava a lição da lousa.
- A sua cara de bobo quando olha pra ela. - Cochichou no ouvido do colega. - Ainda bem que Leila não percebeu ainda. Ela quer ficar com você há anos, mas até agora não conseguiu nada e não vai ficar nem um pouco feliz em saber que você quer transar com a professora.
- Mesmo se percebesse, não devo satisfação nenhuma à ela. Não gosto da Leila e nunca dei esperança alguma à ela então, ela que não se meta na minha vida. - Retrucou seguro.
~*~
[...]
Anastásia estava no ponto de táxi, mas dessa vez o tempo não estava chuvoso. Sentada em um banco de braços cruzados, a mulher recebeu uma ligação de Gyselle contando as fofocas do dia quando viu Christian vindo em sua direção.
- Gy, te ligo mais tarde. - Terminou a ligação e pôs o celular na bolsa. - O que quer? - Levantou-se com a mão na cintura.
- Conversar com você, já que está me evitando. - Arqueou a sobrancelha.
- Tenho meus motivos para isso.
- Então me explique quais! - Cruzou os braços disposto a arrancar a verdade dela.
- Esqueceu daquele beijo?
- Claro que não, muito pelo contrário. Não paro de pensar nele! - E olhou para os lábios carnudos dela que corou envergonhada.
- Mas isso está errado. Quer um motivo para me evitar? Pois bem, diferença de idade, por exemplo. Christian, sou bem mais velha que você. - Explicou. - Nos relacionarmos é impossível.
- Ana, nós estamos no século 21. Ninguém mais se importa com idade! - Argumentou ele.
- E acha que sua família também pensa assim? Eles iriam me massacrar.
- Quem tem que pensar sou eu, não eles. Olha, estou disposto a enfrentar tudo e todos para ficar com você. - Aproximou-se mais dela e ambos ficaram a centímetros de distância se olhando.
- Atrapalho? - Uma voz feminina perguntou interrompendo-os.
- Claro que não Leila. - Assustado, Christian se afastou rapidamente da professora torcendo mentalmente para que ela não desconfiasse de nada.
- Bem... - Leila olhou para Ana que olhava para a rua desconcertada e depois para Grey que estava com as bochechas avermelhadas. - Vim entregar meu caderno para A SENHORA corrigir professora. - Fez questão de ressaltar a palavra senhora para fazer com que Ana se sentisse mais velha.
- Ah, então me dê. - Ana a encarou e estendeu a mão.
- Aqui senhora. - Entregou o caderno à ela que abriu sua bolsa e guardou-o. - Já está indo embora Chris? - Olhou para o rapaz.
- Ainda não, estou falando com a professora sobre as nossas próximas aulas que serão no laboratório. - Mentiu.
- Ah... - O olhou desconfiada e sorriu. - Bem, era só isso mesmo. Tchau pra vocês! - Deu as costas para eles e foi para o estacionamento esperar seu motorista lhe buscar.
- Será que ela desconfiou de algo? - Ana perguntou entre os dentes.
- Acho que não. - O moreno respondeu coçando a cabeça. - Mas é melhor não bobearmos aqui.
- Também acho por isso, vá embora.
- Não sem você. O ônibus está demorando tanto, que tal uma carona?
- Christian...
- Prometo me comportar! - Levou as mãos ao alto em sinal de paz.
- Está bem. - Acabou sorrindo e o acompanhou até o carro.
Grey abriu a porta para ela que entrou no possante, e ele deu a volta e fez o mesmo.
- Não devia ter entrado aqui. - A morena se culpou colocando o cinto de segurança.

- Mas está e olha, estou muito feliz por isso

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- Mas está e olha, estou muito feliz por isso. - Piscou para ela e começou a dirigir. - Pra onde quer ir?
- Buscar meu filho, em um colégio que fica na zona leste.
- Eu sei onde é, estudei lá na minha infância. - Olhou de relance para ela. - Tenho vontade de conhecer seu filho. - Deu um sorrisinho de canto de boca.
- Acho melhor não, não quero deixa-lo confuso.
- Confuso por quê? É só dizer que sou seu amigo.
- Eu sei, mas é perigoso Christian! E se me verem com você?
- Nunca ouviu falar de encontro casual não? Relaxa, vai ficar tudo bem! Ou não confia em mim?
- Não é questão de confiar, é que... - Suspirou. - Dane-se, vamos lá. - Concordou fazendo o moreno sorrir não conseguindo esconder o entusiasmo.
[...]
- Chegamos. - Grey avisou parando o carro em frente a escolinha.
- Obrigada. - Ana agradeceu, tirando o cinto, abrindo a porta, saindo do carro e indo em direção ao portão.
Não demorou muito para que Teddy aparecesse e viesse correndo para os braços de sua mãe. Vendo isso, Grey também tirou o cinto e desceu do carro indo até onde eles estavam.
- Como foi a aula meu amor? - Ana segurou a mão da criança.
- Foi boa, mamãe. - O menino respondeu olhando para Grey. - Quem é ele? - Apontou o dedo indicador para o moreno que estava atrás de Anastásia.
- Filho, esse aqui é o Christian. Christian, esse é o Theodore, meu filho. - Apresentou-os fazendo seu aluno sorrir.
- Ele é seu namorado, mamãe? - O garotinho questionou inocente e Ana e Grey se entreolharam.

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