Uma vida melhor.
Era isso que Anastásia Rose Steele desejava quando viajou com o filho para Seattle, a fim de dividir a casa com sua melhor amiga, Katherine Kavanagh. Ana, como gostava de ser chamada, havia conseguido uma boa oportunidade para trabalhar como professora de química no colégio mais tradicional da cidade e estava mais que animada com isso.
- A casa não é muito grande, mas dá para nós três. - Kate, uma simpática loira de olhos verdes avisou enquanto apresentava o lar para seus novos hóspedes.
- Imagina, sua casa é muito bela amiga. Muito obrigada por me deixar ficar aqui com meu filho, pois o preço dos apartamentos dessa cidade estão caríssimos, não conseguiria dar conta de pagar por enquanto. - Anastásia agradeceu, colocando sua mala no chão da sala do apê da amiga de infância. Ela era uma bela morena de olhos azuis e cabelos castanhos.
- Obrigada você por vir me fazer companhia ao lado desse garotinho lindo! - Kate agachou-se e apertou as bochechas do filho de Ana.
- Sim, sou lindo. Mas não garotinho, já sou quase um homem, tia! - Theodore, um menino de oito anos, cabelos negros e olhos azuis como os da mãe exclamou fazendo uma careta.
- Ta bom homenzinho. - Kate sorriu e passou a mão nos cabelos lisos da criança. - Está tudo certo com a vaga né?
- Sim, antes de vir para cá fui na escola e conversei com o senhor Hyde. Amanhã mesmo começarei a trabalhar! - Ana disse feliz enquanto se sentava no sofá pois suas pernas estavam mais que cansadas pela longa viagem do Texas, sua cidade natal, a Seattle.
- Onde fica o banheiro tia? Estou apertado! - Teddy perguntou corando de vergonha.
- Segunda porta a direita. - A loira respondeu dando um tapinha no traseiro de Teddy que saiu correndo de lá.
- Ana, sabia que hoje vai ter uma festa em uma boate super chique e badalada daqui? - A loira perguntou se sentando no outro sofá.
- Ah, que bacana Kate. Tenho certeza que você vai arrasar por lá! - Anastásia tirou seus sapatos, pois sentia os pés um tanto quanto inchados.
- Não, quem vai arrasar é você. Ganhei dois ingressos pra festa. Um será seu e o outro da Gyselle, aquela nossa amiga da época da faculdade, lembra? Ela mora aqui na cidade também, no prédio ao lado. - Contou.
- Lembro sim, mas sinceramente não entendi. Por quê não quer ir?
- Porque já tenho uma vida social, você não. Sem contar que vai ser bom pra você conhecer pessoas novas agora que chegou a cidade, sabe? Mais precisamente HOMENS. - Sorriu maliciosamente.
- Ah, para Kate! - Ana revirou os olhos.
- É a verdade Aninha! Desde que você se separou do pai do Teddy, nunca mais...
- Por favor, não fale sobre o pai do Teddy. Você sabe que esse assunto é proibido. - A morena pediu olhando para os lados a fim de ver se Theodore não estava por ali ouvindo a conversa.
Era a última coisa que queria.
- Ta, desculpa. Continuando, desde que enfim você sabe, nunca mais te vi com nenhum homem.
- Sim, porque minha prioridade é meu filho, você sabe disso.
- Você é uma mãe maravilhosa Aninha, mas além de mãe é mulher e tem suas necessidades. Precisa conhecer gente nova sim! Dançar, se divertir, ficar com alguns gatinhos. Alguns não, vários!!
- Mas e o Teddy?
- Vou ficar com ele essa noite. Vamos assistir um filminho daqueles que ele gosta, cheio de mostros e vampiros, okay? Olha, não se fala mais nisso, hoje você vai a essa festa sim!
~*~
- Não aguento mais, doutor. Todas as noites, tenho pesadelos com aquele cafetão nojento e o ser que me trouxe ao mundo. - Um jovem de olhos cinzas e cabelos acobreados desabafou, deitado em um divã.
- Pelo jeito continua sentindo ódio da sua mãe. - O homem que tinha os cabelos pretos e olhos castanhos avaliou, enquanto anotava algo em um caderninho. - Ainda não consegue chama-la de mãe?
- Ela está morta e mesmo se não estivesse, jamais a chamaria de mãe. - Cerrou os dentes, demonstrando raiva. - A única coisa que quero é acabar com esses pesadelos, doutor Flynn. - Suspirou cansado.
- Quando você superar o que passou na infância, com certeza vai deixar de ter esses sonhos. - Flynn explicou enquanto via o moreno fazer sinal de negativo com a cabeça. - Sabe o que você precisa? Conhecer gente nova! Essa rotina de psicólogo, casa e escola é entediante e estressante para um rapaz de apenas dezoito anos.
- E o que me aconselha doutor? - Sentou-se no divã e juntou as mãos, esfregando uma na outra.
- Você tem um irmão mais velho, certo? Que tal sair com ele para uma dessas, como é que vocês dizem mesmo? Baladas?
- Sim, baladas.
- Pois bem, o que acha de sair um pouco para espairecer? - Questionou esboçando um sorriso.
- Se é o que o senhor quer, tudo bem. - Respondeu sem ânimo. - Se não me engano, hoje terá uma festa dessas bem cheias de "gente nova". Vou falar com meu irmão para me levar. - Aceitou meio a contra-gosto.
- Já é um começo, Christian. Parabéns! - Doutor Flynn o parabenizou mas Grey sequer sorriu, pelo contrário, continuou com a expressão séria e triste de sempre. - Esse é o primeiro passo para o início da sua recuperação. - O homem afirmou confiante.
~*~
[...]
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Química
FanficChristian Grey é um rapaz de dezoito anos que está no último ano do colegial. Um jovem fechado e inexperiente nos assuntos do amor e ainda mais do sexo, já que ainda é virgem. Por conta de um grande trauma que sofreu na infância, seu psicólogo lhe...