Capítulo 17: Altos e baixos

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- Você não pode destruir a vida de mais uma garota por causa de um erro estúpido do qual ela já assumiu as conseqüências! – Quinn esbravejou furiosa para Coach Sylvester, a treinadora inclinou-se para trás em um ato inconsciente de defesa.

Os olhos verdes de Quinn Fabray estavam semicerrados e ameaçadores, dotados de um brilho intenso e incontrolável. Coach Sylvester compreendeu da onde vinha toda a fama de HBIC que Lucy Quinn Fabray carregou por anos no ensino médio. Quinn era ameaçadora, manipuladora e agora, parecia ser dona de uma força inabalável. Nenhuma outra líder de torcida fora como ela e nenhuma outra seria igual a ela.

Sue Sylvester sabia que por mais que garimpasse Ohio inteiro atrás de uma líder de torcida parecida com ela, jamais encontraria uma que chegasse aos pés dela.

- Christine é minha capitã, Fabray! Eu faço com ela o que quiser! – Coach Sylvester recuperou-se de seu breve flashback e contra-atacou com a frieza e o sarcasmo que lhe eram característicos. Quinn revirou os olhos e cruzou os braços em frente ao peito, antes de disparar irônica:

- Mas a vida dela não é sua, Coach. Você não pode fazer com ela o que fez comigo.

- É diferente, Fabray. Você assumiu a gravidez e teve o projetinho de gente, Christine abortou! Ela colocou a saúde em risco justamente porque teve medo de assumir as supostas conseqüências das quais, você fala! – Coach Sylvester esbravejou ofendida e ligeiramente incomodada com o rumo da conversa, talvez Quinn Fabray nunca soubesse, mas Sue Sylvester se amaldiçoava todos os dias por ter a expulsado do esquadrão há alguns anos... Era uma atitude da qual jamais se perdoaria.

Os olhos de Quinn faiscaram compreensão. Coach Sylvester estava expulsando Christine não pela gravidez e sim, pelo aborto. Claro que poderia ser isso, Sue sempre pregara que suas garotas deveriam ser perfeitamente saudáveis e um exemplo a ser seguido e invejado no McKinley High. Mas mesmo assim, Quinn não aprovava a atitude. A professora continuou em pé e, ligeiramente mais calma, sibilou ameaçadora:

- Se você expulsá-la do esquadrão, eu vou acabar com o histórico de suas cheerios. Sabe muito bem que dou todas as chances para que elas passem com méritos que não merecem, posso muito bem começar a complicar a vida de cada uma delas.

- Você não seria louca de fazer isso, Fabray! – Sue esbravejou extremamente furiosa, a técnica colocou-se em pé e espalmou as mãos brancas sobre a mesa, inclinando o corpo para olhar Quinn Fabray. A ex-cheerio apenas deu de ombros, cruzou os braços sobre o peito e sorriu irônica, com o típico arquear da sobrancelha. Sue fechou os olhos, enfurecida.

Do lado de fora da sala, Rachel parara em frente a porta e agora, escutava a conversa que ecoava no corredor. As duas mulheres lá dentro estavam chamando a atenção com os gritos e ameaças, duas cheerios se aproximaram de onde Rachel estava e inclinaram a cabeça, aguçando a audição para escutarem melhor.

Rachel fez a maior cara repreensiva que pode, colocou as mãos na cintura e se aproximou autoritária das garotas. As duas cheerios perceberam e entreolharam-se com despreocupação, Rachel pigarreou e bronqueou:

- Vocês não têm nada melhor para fazer não? Ficar escutando conversa alheia é feio, meninas.

- Pelo que podemos ver, Miss Berry... – Uma das garotas respondeu e Rachel notou a ironia no vocativo que ela proferira, as duas cheerios se entreolharam e deram sorrisinhos maldosos. – A senhorita está fazendo exatamente o mesmo.

- Acho melhor saírem daqui, meninas. Miss Fabray está furiosa lá dentro dizendo que vai complicar a vida de vocês... Se eu fosse uma cheerio, hoje, ficaria longe das vistas dela. – Rachel aconselhou com sarcasmo, sem deixar-se atingir por aquelas duas que lhe traziam lembranças do colegial. As duas garotas engoliram em seco, abraçaram os fichários e saíram correndo dali, Rachel sorriu satisfeita.

Signal Fire [FABERRY]Onde histórias criam vida. Descubra agora