E ninguém precisava ser um bom adivinhador, todos sabiam que o McKinley High passara com dignidade pelas Regionais. Com a direção segura e talentosa de Rachel Berry e com a performance extremamente perfeita de todos os membros, mais uma vez, o New Directions era colocado na lista dos corais favoritos a serem campeões das Nacionais que, por ironia do destino, ocorreriam em Nova York dali a 4 meses.
Porém, essa explosão de felicidade não foi o bastante para fazer com que Quinn e Rachel se aproximassem. Aliás, as duas se afastaram ainda mais. E ambas sabiam que era por causa da presença de Finn Hudson na cidade. O rapaz fazia-se presente sempre que possível, fosse enviando flores para Rachel ou ligando para Quinn para perguntar sobre os preparativos para o jantar de confraternização, e a loira tinha que confessar que aquilo já estava tirando-a do sério.
Finn podia ter mudado e, atualmente, ser um bom colega. Mas mesmo assim, ele queria ficar com sua garota e apenas isso era o bastante para que ela o odiasse.
- Pois bem, falamos sobre a generalidade dos clássicos nas últimas semanas. – Quinn anunciou séria a sala, seus alunos sabiam que as coisas não estavam bem porque ela não tinha o tradicional sorriso generoso nos lábios. Talvez, por esse motivo, a sala se encontrava em completo silêncio. – A partir de hoje, teremos cinco aulas para discutirmos cinco obras distintas. Em seguida, iremos tratar de literatura contemporânea.
- Quais serão as obras? – Claire perguntou interessada, Quinn sorriu amena para ela, ainda não era seu sorriso verdadeiro. Christine percebeu e trocou um olhar confuso para Arthur que deu de ombros. Ryan suspirou do outro lado da sala e Quinn pigarreou antes de responder:
- Eu vou deixar que vocês escolham dentre a lista de dez obras que eu já deixei na biblioteca. Essas obras não cairão na prova, a prova final de vocês será apenas sobre Literatura Contemporânea, que começaremos na semana que vem.
Quinn escutou um pequeno suspiro de alívio coletivo na sala, ela bem sabia como era difícil prender a atenção nos clássicos literários, mas eles eram importantes, afinal. O sinal tocou e a turma foi dissipando-se aos poucos, até não restar mais ninguém na sala.
Pelo canto dos olhos, Quinn viu quando Claire saiu de mãos dadas com Ryan e Christine ficou emburrada, enquanto esperava Arthur. A professora suspirou, seus olhos rapidamente retrataram uma triste compreensão. Quinn desejava, de verdade, que Christine não fosse tão parecida assim com ela a ponto de não perceber o que sentia por Claire. Seria demais se a história se repetisse.
Quinn apanhou seus materiais sobre a mesa e saiu da sala, fechando a porta em seguida. Caminhou majestosamente pelos corredores, mas os alunos que a conheciam bem perceberiam que seus olhos verdes, sempre tão brilhantes e quentes, estavam frios e distantes. Quem sabe, procuravam algo que sabiam que não teriam...
Suspirou e continuou sua caminhada até a sala de professores. Não costumava ficar ali durante o almoço, mas Rachel estava sempre a procurando pelo McKinley e, ao menos lá, as duas estariam rodeadas por pessoas e impossibilitadas de se falarem. E, naquele dia, Quinn só queria comer seu almoço em paz e ir encontrar Kurt para resolver os últimos acertos sobre o jantar com Finn.
Quando a loira virou no último corredor antes da sala dos professores, seus olhos cansados e melancólicos encontraram uma Rachel Berry impaciente ao lado da porta. Quinn, imediatamente, girou em torno dos próprios calcanhares e colocou-se na direção oposta. Mas não foi muito rápida porque, segundos depois, a voz tão conhecida chegou aos seus ouvidos chamando-a impaciente:
- Miss Fabray!
Era impressionante como apenas alguns dias distantes uma da outra as tornavam desconhecidas. Quão frágil era a relação delas?
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Signal Fire [FABERRY]
FanficRachel Berry não sabia o que fazer. Nem em seus piores cenários, ela voltava tão cedo para Lima. Broadway se fora, assim como New York e todo o glamour que ela conquistara nos últimos sete anos. Ela poderia apostar que era a carreira mais curta na...