Capítulo XV - A Decisão do Rei

779 90 12
                                    


Atenção! Esta é uma continuação alternativa para o Final Original de A Sombra do Norte, onde permaneci fiel aos escritos de Tolkien.

Atendendo a pedidos dos leitores, para comemorar os 6k de Leituras ♥ E depois de definir o rumo do meu livro de fantasia aproveitando as ideias aqui contidas, resolvi repostar a fic 

Sugiro reler o Capítulo XIV – Conversa sob as Estrelas antes de começar a leitura, pulando o Final Original e continuando daqui!
Sem mais delongas, boa leitura

 Legolas suspirou uma vez mais naquela noite, apoiado no tronco de uma das poucas árvores no pico da montanha em que ficava o Palácio Real da Floresta das Folhas Verdes, mas um farfalhar suave atraiu sua atenção

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Legolas suspirou uma vez mais naquela noite, apoiado no tronco de uma das poucas árvores no pico da montanha em que ficava o Palácio Real da Floresta das Folhas Verdes, mas um farfalhar suave atraiu sua atenção. Camuflado atrás do tronco, imóvel como uma pedra e com os sentidos alertas, seus olhos perspicazes pousaram em uma sombra que surgira no extremo oposto da montanha. E ela não estava só.

Da águia gigante só era possível distinguir a silhueta e os enormes olhos dourados que brilhavam na escuridão da noite, focados na figura encapuzada. Mesmo a audição aguçada do elfo não lhe serviu naquela hora, pois as duas sombras de olhos dourados pareciam em transe, em uma conversa silenciosa que durou uma pequena eternidade. O príncipe estreitou o olhar, confuso, e tentando observar melhor acabou dando um passo para trás e pisando em um galho seco.

O estalo ecoou, atraindo a atenção da sombra e da águia, que observaram estreitados a figura loura escondida atrás de um tronco, do outro lado do pico da montanha. A sombra voltou-se para a águia, não se preocupando em olhá-lo uma segunda vez. Legolas já alcançava o começo do corredor íngreme que levava para dentro do palácio, quando ouviu o farfalhar de asas e olhou rapidamente para trás, apenas para confirmar que a sombra permanecia no mesmo local. Talvez agora fosse prudente correr.

E o elfo correu, como se sua vida dependesse disso, pois um mau pressentimento assolava a sua mente e o coração, que apertava dentro do peito. Ele só parou quando alcançou os aposentos reais, entrando sem bater no quarto do rei.

Thranduil estava à sua escrivaninha, verificando os últimos documentos necessários à reunião do Conselho Real, quando o príncipe quase arrombou a porta de seu quarto, fazendo-o borrar o pergaminho que escrevia.

Ada! — chamou Legolas, procurando o pai.

Ion nin? — exclamou o rei, arqueando as sobrancelhas, levemente surpreso.

— Tenho um mau pressentimento — disse o príncipe, de um rompante. — Vi a sombra conversando com uma águia.

— Compreendo — concordou Thranduil, fitando-o por um momento, pousou a pena no tinteiro e então elevou a voz. — Gaurwaith.

— Sim, meu rei — um guarda surgiu de uma passagem na parede, detrás de um pilar no aposento.

— Repasse essas ordens para o chefe da guarda: Feche os portões e as passagens secundárias — mandou o elfo, rabiscando a ordem e carimbando com o selo real de seu anel, entregando-a para o guarda. — Quero as sentinelas de prontidão, ninguém sai sem a minha permissão. Principalmente, nenhuma figura encapuzada com um cavalo negro.

— Como ordenou, meu rei — e o guarda saiu do aposento, tempestuando-se como uma flecha.

— Isso... era realmente necessário, ada? — perguntou Legolas, olhando entre confuso e abismado para o pai.

— Ainda vai me agradecer por isso, Ion Nin — declarou o rei, com um sorriso enigmático. — Agora, vá descansar, amanhã será um longo dia.

Legolas encarou Thranduil, esperando que lhe explicasse algo, mas, por fim, teve de desejar boa noite e se retirar. Seu pai agia de formas estranhas, mas geralmente era pelo bem de seu povo. Ao menos a decisão do rei aliviou o peso em seu coração. E, talvez uma noite descansando em seus aposentos fosse mais produtiva do que ficar empoleirado no tronco de uma das árvores do salão, ou bebendo com Elladan e Elrohir. Era melhor estar são durante a reunião do conselho.

 Era melhor estar são durante a reunião do conselho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Gostaram da continuação e da decisão do Rei? 

Não esqueça de votar no capítulo

A Sombra do NorteOnde histórias criam vida. Descubra agora