➡Sixteen ⬅

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Kim Jongin

Nunca demorou tanto para acabar uma aula como aquela demorou, Do a passou me olhando, embora eu saiba que ele gostou de tê-lo assumido como meu, sabia também, que ele estava assustado, não era o tipo de pessoa que curtia um barraco desses, ainda mais no meio da sala. Coloquei minha mão sobre a mão dele para tentar acalma-lo, ele apenas segurou a minha, sua mão estava gelada.

O sinal enfim tocou, pegamos nossas coisas e saímos, para meu alívio e alívio maior dele, ninguém parecia ter percebido o pequeno show de Miume e as poucas pessoas presentes na sala naquele momento acharam que era cena de ciúmes de uma menina que levou um fora, bom, não deixa de ser.

Antes de sair da sala lancei um olhar para Xiumin e Cheninie que apenas acenaram com a cabeça, então sai antes que Miume voltasse com o show, para evita-la no intervalo entre as aulas arrastei Do para a sala de música abandonada, Su mandou uma mensagem falando que ela e Sook estavam a nossa caça, ela queria continuar o show dela, e eu não estava com saco para isso e nem queria submeter meu hyung a isso. Ficamos abraçados, ele enfiou o rosto no meu peito, estava tão nervoso.

Agora já estávamos quase chegando ao estacionamento, já podia ver meu carro quando Kyungsoo apertou minha mão, estava tão concentrado em sair daquele prédio que não escutei ele me chamar - elas estão atrás da gente - ele disse quando me virei, mais no fundo, vi as duas meninas andando rápido em nossa direção.

Por deus, elas não desistem?

Puxei Kyungsoo com tanta força que ele quase caiu, nos enfiei em meio aos outros alunos e enfim cheguei no meu carro, destravei a porta e praticamente joguei ele dentro do carro e entrei, as duas estavam a poucos metros, liguei o carro e acabei cantando pneu, alguns alunos que estavam na frente saíram, então acelerei e sai do estacionamento.

- Jonginie, pode ir mais devagar?!

Kyungsoo se segurava no apoio da porta, olhei para o visor estava quase a cento e vinte por hora - desculpe, hyung - pisei no freio.

Depois disso entrei na rodovia, resolvi pegar o caminho mais longo para casa - vai ser sempre assim? - Ele olhou para mim - como assim? – Respondi.

- A gente fugindo de Miume - ele olhou para a paisagem que passava ao lado de fora do carro - Kai, eu não quero passar por isso de novo - ele me olhou de novo.

Claro, ele tinha disfarçado bem, até demais. Parei o carro no acostamento e me virei para ele.

- Hyung, nada do que ela falou - ele me olhava com os olhos brilhando por causa das lágrimas - você, nem eu e nem os meninos somos aberrações - ele abaixou o olhar e uma lágrima caiu, meu coração foi estilhaçado aquele momento, segurei o rosto dele com as duas mãos e passei o dedo na sua bochecha para secar as lágrimas, ele me olhava - eu gosto muito de você, hyung. Só deus sabe o quanto- encostei minha testa na dele.

- Não seria melhor para nós se... - Não deixei que ele terminasse aquela maldita frase, selei nossos lábios, ele retribuiu com toda sua intensidade que me fazia sentir honrado por ser o único a tela.

- Mais pessoas irão falar e fazer coisas piores, Nini - seus olhos ficaram marejados de novo - eu sei, mas eu estou aqui por você e prefiro morrer do que deixar alguém te machucar - ele ainda estava com aquela cara, depois de todo esse tempo que passei amando ele em silêncio, sim, amando, fazia tempo que tinha notado que não era paixão o que eu sentia por esse baixinho com cara de deboche, era amor, de uma forma pura que não dava para conter. Ele apenas me olhou e me beijou, aquilo fez meu coração disparar. - E eu estou aqui por você, Jonginie.

Como eu amo esse cara.

Liguei o carro e dirigi para casa, Do ligou do caminho para sua mãe e avisou que iria chegar mais tarde, ela não reclamou, tecnicamente sempre vivemos grudados - ela sabe da gente? – Perguntei para ele, ele ficou vermelho na hora, não entendi o porquê - sabe sim, ela sabe - ele desviou o olhar

Parei o carro em frente minha casa e desci, Kyungsoo fez o mesmo e deu a volta, coloquei o braço em volta da sua cintura e abri a porta de casa - mãe?

Chamei, mas não obtive resposta, entramos e fui até a sala, em cima da mesinha encontrei um bilhete.

Jongin, precisei viajar, desculpe não ter avisado antes, foi uma emergência em um caso do escritório, tem dinheiro dentro pote na cozinha deve durar até chegar.

Qualquer coisa, ligue para senhora Do.

Ps: Ficamos um bom tempo falando de você e do Kyungsoo.

Mostrei o bilhete para Soo, ele quase enfiou a cara dentro de uma almofada. -Agora vou ficar vermelho toda vez que minha omma falar da sua-. Gargalhei com a resposta dele.

Joguei minha mochila no sofá, Soo deixou a dele do lado da minha, éramos tão diferentes nisso, ele organizado e eu o furacão em pessoa, fiquei olhando para ele - que foi? - Ele perguntou.

- Sabe, já faz quase vinte minutos que não te beijo - ele riu de uma forma adorável - tudo isso, Jongin? - Me aproximei dele - tudo isso - o peguei pela cintura e o beije.

Foi um jogo de mãos, durante esse beijo, minha mão desceu até o traseiro dele, ele soltou um resmungo durante o beijo então tirei, mas minha mão cismou em descer novamente, desta vez ele não reclamou, como o ser vingativo que ele é, colocou a mão por debaixo da minha camisa, sentir as mãos dele pelo meu corpo foi algo... Algo. Afroixei minha gravata estava incrivelmente quente, Do fez o mesmo com a dele, o encostei na parede, vi uns quadros caindo, não liguei, valia a pena a bronca que iria levar caso eles quebrassem, nosso jogo de mãos estava mais pesado, as minhas agora estavam na parte de dentro da camisa dele, minha boca desceu até seu pescoço e o beijei com desejo, ouvi um notório gemido no meu ouvido, isso me estimulou mais, muito mais, senti um pulsação forte na minha intimidade, olhei para Do ofegante, estávamos prensados um no outro. - eu quero você, hyung - ele me olhava nos olhos, mordi os lábios e isso fez ele soltar outro gemido - você não sabe como acaba comigo quando faz isso - sorri para ele e o puxei escada a cima, fomos nos beijando durante o caminho até meu quarto, abri a porta com dificuldades, não queria tirar as mãos de Do, quando enfim a abri entramos caindo um em cima do outro, meu quarto estava escuro, agora minha mãe deixa ele assim, só abria as cortinas e janelas de vez em quando para areja o quarto, agradeci por isso mentalmente.

Do e eu tiramos os sapatos e acabamos caímos em cima da minha cama no processo, começamos a rir da cena, cai por cima dele, meus braços estavam em volta do seu tronco por baixo da sua camisa, e suas mãos na minha cintura.

Lightsaber ➡ Kaisoo [texting] ⬅Onde histórias criam vida. Descubra agora