Alguns dias depois....
Alice
-Depressa, depressa - falei colando Aurora no banco da frente, em sua cadeirinha.
-Eles estão vindo - fala Benjamin apontando para os caras armados atrás de nós - eles querem Aurora.
-Nunca, eu morro mas jamais entrego Aurora.
-Quem será o maldito que quer tanto nossa filha?
Imediatamente me vem;
-Minha mãe, como ela foi capaz?
-Como assim?
-No caminho eu te explico, agora não da tempo vamos, ligue o carro.
-Coloque o sinto de segurança da Aurora - Benjamim pede.
-Não da tempo, eles estão bem perto - falo entrando as pressas no carro.
Mal saímos e logo avistamos os bandidos atrás de nós, muito nervosa eu gritei:
-Mais rápido Benjamin, mais rápido, eles não podem nos alcançar...
-E não vão, se depender de mim.
Benjamin pisa no acelerador e sofro um pequeno impacto, coisa leve. Olho pelo retrovisor e vejo que o carro ainda continua na nossa cola, então olho pro lado onde está minha pequena, e a abraço, ela não está com sinto de segurança, aliás nenhum de nós está com sinto, ai meu Deus proteja-nos, não permita que nada de mal nos aconteça, sussurro para Benjamin, e digo que ele vire a próxima curva para tentar despistar os bandidos, mas é inútil, mau viramos a curva e o carro cinza já estava na nossa cola de novo. Um friozinho bate na minha barriga, um aperto no coração toma o momento, Benjamin pisa mais um vez no acelerador, dessa vez com mais força que na vez anterior, acho que o carro já deve ir em 80 por hora, meu Deus nos ajude aqui...
Vejo a cidade desaparecer, entramos numa estrada onde a única coisa que consigo ver de todos os lados é; mato.
Os caras contratados por minha mãe ainda estão bem atrás de nós, infelizes!
Seguro com mais força minha pequena, as lágrimas escorrem do meu rosto, porque minha mãe tem que ser tão cruel? Eu a odeio, olho pelo retrovisor novamente e vejo que os caras estão quase que ensconstando no nosso carro, então posso ver quando um dos homens coloca a cabeça pro lado de fora e começa a atirar em nossa direção, Aurora assusta-se com os tiros o começa chorar, automaticamente eu também começo chorar era uma situação horrível e deseperadora. Um dos tiros acerta o pneu traseiro, posso ouvir o estouro tinir nos meus tímpanos, Benjamin olha pra trás com um olhar triste.-Vamos parar o carro e entregar a menina - ele diz chorando.
-Não, continue a dirigir, não vou entregar minha filha por nada nesse mundo.
Ele obedece, o barulho do pneu furado é ensurdecedor. O medo e o momento estão acabando comigo, olho pra frente e vejo que a estrada ficou estreita, abraço minha pequena e sua cadeirinha, de repente ouço outro tiro.
-Malditos acertaram o outro pneu traseiro - fala Benjamin, ele olha pra trás - Alice, me dê um beijo.
-Porque? - pergunto gaguejando de tanto nervosismo.
-Acho que esse será o último.
Então eu vou pra frente só mais um pouco e então nossos lábios se tocam, olho pra frente e vejo que vamos cair em um barranco, a minha vida toda passa diante dos meus olhos, desde o dia em que conheci Benjamin até aqui.
Sinto minha cabeça bater na parte de cima do carro, não adormeço, vejo Benjamin todo ensanguentado, era horrível aquela cena, vejo que nosso carro está indo em direção a um lago, rio, sei lá, estou muito tonta. Sinto apenas o carro cair na água e depois disso....
Fim...?
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O Destino de Alice.
RomanceAVISO: Este Livro Contém Cenas Voltadas Para O Apelo Sensual, Este Livro Possui Algumas Cenas Quentes. Alice vítima do destino e suas armadilhas. Após sofrer a perda de seu pai Alice se vê em uma situação difícil, ela e sua mãe, Rosário...