Capítulo 24

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Sinto algo me apertando as costelas, tento escapar, mas sou mais apertada, abro olhos e vejo Christian me puxando contra ele. Estou de costas para ele.

— Não, não atire, não.-  geme no meu ouvido, sua voz é triste, um lamento.

—Christian.- tento me soltar, mas  me aperta mais.

— Não, Annie, não!-  grita e me solta, dando um pulo da cama, ficando de pé de costas para mim, vejo o movimento do seu peito se esforçando para respirar, pulo também e o abraço.

— Estou aqui.- falo acariciando suas costas. Ele suspira fundo e se vira para mim. Segura meu rosto com as duas mãos. Me olha como se fosse a primeira vez que nos vimos.

— Você está bem.-  fala como se afirmasse algo.- Annie.- Me puxa para si e me aperta contra seu peito.

Fico sem entender nada, mas o deixo fazer isso comigo, sinto que ele precisa saber que estou aqui, com ele.

— Estou bem sim, você está comigo.- murmuro contra o peito dele.

— Você era a menina, filha de San e desta vez o tiro te acertava, foi tão horrível.

— Foi só um sonho ruim, você dormiu preocupado, foi isso.- o puxo para se deitar, acaricio seu rosto,  está pálido, mas percebo as rugas de preocupação em sua testa.- vou te fazer um chá, já volto.

Desço as escadas e faço o chá para ele rapidinho, tenho pena dele, um homem tão poderoso e com tantos traumas e ainda por cima tem uma preocupação extra agora, saber quem mandou aquelas fotos e o que quer com elas.

Subo as escadas com a xicara na mão e vejo Mia sair do quarto dela, ela olha para a xicara com olhar curioso.

— É para Christian.

— Ele não tomou o remédio de dormir?

— Hoje não.

— Bom chá é melhor que remédio, vá logo antes que esfrie.

Praticamente corro até o quarto, entro e ele está sentado, me esperando, sorri quando entro, passo a xicara para ele, que toma aos poucos, me deito do lado dele e o observo, ele é tão lindo, seu rosto é perfeito, seu corpo incrível, dou um suspiro ao pensar que posso desfrutar dele a vontade.

Acaba de tomar o chá, coloca a xicara na mesa ao lado e deita, me beija e sinto o sabor do chá na boca dele, fica ainda mais gostoso.

— Obrigado.

Dou de ombros e sorrio doce para ele.

Ele me abraça e me aconchego mais nele, em seu peito, escuto seu coração bater, penso que gostaria de morar nesse coração, que ele me desse à chave para que eu pudesse entrar e conhecer tudo o que se passa nele. Por que sinto que no meu, ele já está penetrando e começando a fazer morada.

Escuto o ressonar baixinho dele e vejo que dormiu, fecho os meus olhos e procuro dormir também.

Acordo e não vejo Christian do meu lado, me sinto desorientada. Onde ele foi?

Vou ao banheiro e volto para o quarto, penso em tomar um banho, mas não sei se já estão me esperando para o café, resolvo colocar um robe e descer, a porta se abre e Christian entra com uma bandeja. Balanço a cabeça sorrindo, nunca pensei que ele seria capaz disso.

— Bom dia, não fui eu que fiz, mas ajudei Gail a montar.- fala colocando a bandeja sobre a mesa e se aproxima de mim, me dá um beijo leve.

— Bom dia.- respondo sorrindo e lhe dou um selinho, ele sorri com isso.

50 Tons- Segunda ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora