Quando chegamos a noite, de Portland, Christian recebeu um telefonema dizendo que precisava voar até Nova York para resolver alguma coisa com seus investidores, ele pareceu bem chateado, e confesso que também fiquei, não queria ficar longe, justo agora que desenvolvemos uma amizade, e tenho que confessar, adoro os carinhos dele e o cuidado que tem comigo.
É sexta feira, ele ainda não chegou e não me ligou uma única vez, estou triste por isso, mas tento não me deixar levar.
Estou focada em um monte de trabalhos que tenho que fazer, quero fechar o ano quanto antes, para que possa procurar um emprego em uma editora, já espalhei currículos e estou no aguardo para alguns estágios.
Saio mais cedo da faculdade e resolvo ir para casa de Taxi, geralmente Taylor me leva para o trabalho e depois me busca na faculdade, mas como sai um pouco mais cedo, resolvo passar em uma loja para comprar alguns livros e depois seguir de taxi para casa.
Pago o taxi e digito a senha para abrir o portão eletrônico, ainda não é dezoito horas e o final de tarde está quente, raridade em Seattle.
Penso que nunca passei pelo jardim, sempre acordo, tomo o café e já saio, resolvo dar uma volta por lá e entrar pelos fundos.
Ando alguns minutos ao redor da casa e logo dou para o jardim, me faz lembrar o de minha casa, eu cuidava tão bem das flores, sempre fui apaixonada por plantas, meu pai falava que se não fosse tão apaixonada por livros, com certeza seria paisagista.
Resolvo me dirigir para a piscina que sempre vejo da janela de meu quarto, se o fim de semana continuar com sol, quero dar um mergulho. Mas então escuto um grito, barulho de agua, alguém com certeza caiu na piscina, mas quem?
Apresso meus passos e corro até lá, me espanto ao ver uma menina de cabelos pretos se debatendo e afundando, jogo minha mochila e livros no chão e pulo para dentro da piscina, a agua está gelada, mas não me importo, essa garotinha precisa de ajuda.
Rapidamente a alcanço e a puxo para cima, ela está consciente, só tossindo muito.
— Você está bem?- pergunto mas ela não me responde. A seguro pela cintura e resolvo tira-la da piscina, sorte que cheguei pois ela estava na parte funda da piscina, para mim mesmo não estava dando pé.
— Tiffany!- escuto a voz de Christian gritando e quando percebo ele já está dentro da piscina de roupa e tudo, a pegando no colo, ele mal olha para mim, parece transtornado.
— O que houve, Christian... Oh meu Deus, minha filha!- uma mulher que é a cara da garotinha vem correndo para a borda da piscina enquanto ele coloca a menininha deitada.
Ele dá pequenos tapas no rosto dela e faz massagem no tórax dela, ela cospe um pouco de agua, e fala:
— Eu cai, me distrai com um esquilo que vi correndo entre os arbustos, Tio. A moça ali me salvou.
Só então ele olha para dentro da piscina e me vê nadando em direção a eles, ele pula dentro e faz do mesmo modo que fez com a sobrinha, me pega no colo e beija meu rosto:
— Obrigado.- sinto emoção na voz dele, não consigo responder, apenas balanço a cabeça me sentindo uma idiota. Nada comigo e me coloca na borda, do lado da sobrinha que me olha agradecida.- Anastásia essa é Tiffany, e Mia.
— Obrigada.- Tiffany me abraça e retribuo o abraço com carinho.
— Obrigada por salvar a vida da minha filha Ela não sabe nadar.- Mia me abraça junto com a filha e me sinto bem nesse abraço triplo, olho por cima dos ombros dela e Christian está sorrindo mas com uma expressão estranha no rosto, não sei se está alegre ou emocionado.
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50 Tons- Segunda Chance
FanfictionEle precisava de cura, ela de cuidados, um contrato os uniu, mas um sentimento bem maior irá liga-los por toda a vida.