Minha sogra homofobica

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••••Henrique on••••
-Eu tenho medo de que a mãe dele trate mal o Gustavo. - disse Eduardo na sala.

- Pai. Ela vai nos receber bem. Eu garanto. Minha mãe é difícil mais sabe respeitar.

Gustavo estava terminando de tomar banho, ele estava tenso também, várias vezes disse que seria melhor deixar e adiar uns dias.

- Pronto. Podemos ir amor.- gritou Gustavo na escada.

Nossas malas estavam na sala. Já era quase uma hora da tarde, quinta feira e fazia muito sol. Chegaríamos lá, por volta das 16:30....

A viajem foi muito gostosa, conversamos bastante e tivemos algumas pausas durante o caminho para uns pegas.

••••Gustavo on••••
Acordei meio estranho, alguma coisa estava me dizendo que seria melhor ficar em casa. Mas devo admitir que a viagem foi prazerosa...

- Chegamos.- disse Henrique encostando o carro.

- Caramba! Sua casa é linda.

- Casa da minha mãe né... Realmente é maravilhosa...- disse se assoprando.- Mãe. A senhora está linda. - disse abraçando a mulher que veio correndo em nossa direção.

Ela me cumprimentou apenas com um aperto de mão e uma cara de deboche. Não vou entrar muito em detalhes nessa parte, mas ela me deixou realmente constrangido. Mal sabia que seria apenas o começo...

Henrique me pediu para tirar a aliança enquanto ele não contava para ela.

- Vejo que está com uma aliança filho. E aposto que ela é maravilhosa.- disse a Vaca.

- Pois é. É uma pessoa incrível mãe, você nem faz ideia.- disse Henrique sem graça.

- E você? Fiquei sabendo que você é viado tem namorado?- perguntou me encarando.

- Eu não sou "viado" sou gay. E sim eu tenho namorado, aliás....

Um grupo de pessoas entrou gritando e acabaram me interrompendo.

- Henrique, fala aí cara. Que saudade mano.- disse um deles.

- Gael. Tudo bem? Charles você engordou heim cara. Lucas e David...- disse Henrique abraçando os amigos.- Esse é o Gustavo, filho do Júlio meu chefe e amigo.

- Prazer.- Disseram estendendo as mãos.

- Vamos sair cara? Temos que comemorar- gritou Gael.

- Claro. Só vou colocar algo mais confortável já volto.- Disse Henrique - Gustavo, você vai querer sua mala?

- Pode deixar que eu mesmo pego ela.

- Pode deixar que eu pego no carro.- insistiu.

- Ok. Vou ficar aqui então.

Ele assentiu e foi. Fiquei ali na sala com a mãe e os amigos dele.

- E aí cara? Tem namorada?- perguntou Lucas

- Impossível. Ele é viado. Tem namorado. Não é mesmo?- disse a Vaca da mãe dele

Eles se olharam e riram disfarçadamente.

- Aqui cara. Alí é o banheiro. Pode se trocar ali dentro.- disse Henrique apontando para uma porta.

- Você tem um amigo viado cara?- ouvi Gael cochichar enquanto eu ia para o banheiro.

Nai sei o que aconteceu. Comecei a chorar, troquei de roupa e lavei meu rosto e sai.

Depois do que a vaca da mãe dele falou, todos olhavam diferente para mim.

Fomos até uma praça onde uns estavam jogando futebol e outros andando de skate.

- Vamos ali jogar cara?-disse Lucas levantando.- Você é o melhor cara.

Henrique levantou e foi até os amigos que estavam jogando.
Fiquei sozinho sentado em um banco observando apenas.
Meu telefone tocou. Era meu pai.
-Alo?...mais ou menos pai... Ela me chamou de viado, e me expôs para todos os amigos dele... Pai eu acho que não vai acabar bem isso aqui. Ok.. eles estão vindo... Aham... Vou desligar. Pai eu te amo...

- Quem era?- perguntou Henrique.

- Meu pai.

- Aconteceu alguma coisa?- insistiu.

- Não. Ele só queria saber se chegamos bem.

-Eu vou dar uma volta ali. Acho que eles ficam meio envergonhados com o "viado" aqui.

- Gustavo! - Chamou.

Dei as costas e sai, tinha um lago ali, é uma trilha de árvores lindas que levavam até o outro lado do parque.

Ele ficava me procurando com os olhos. Eu estava sentada em um banco de frente ao lago com o fone e tentando evitar olhar e chamar atenção.

Vi que ele estava com o celular na mão, logo em seguida me ligou.

-Estamos indo para casa. Você vai ficar ou vai ir com a gente? - Disse ainda procurando.

Saí de onde estava e fui até eles. Não tirei o fone. Apenas fui. Não estava bravo, apenas me fazendo de difícil.

Voltamos para casa e fui para o quarto onde eu ficaria com Henrique. Ele disse que arrumaria um lugar para mim no quarto dele por que iríamos mexer com o computador que estava quebrado.

- Henrique, nós já estamos indo amanhã voltaremos cedo para irmos andar de moto ok?- disse Gael.

-Ok até amanhã. Eu acompanho vocês até lá fora.- disse Henrique se retirando.

- Gustavo posso falar com você?- disse a vaca da mãe dele.

- Claro.

- Não quero voxe envolvido com meu filho, você pode ser bicha, mas não influêncie meu filho. Ele é homem.- Disse ela baixo.- Se você mexer com ele eu juro que terá consequências.

Saí correndo e fui até o quarto. Deitei no sofá chorando e acabei pegando no sono.

Acordei com Henrique me pegando no colo para me levar até a cama.

- Você estava chorando? Por que?- perguntou calmo.

- Nada. Eu não quero falar sobre isso.

Virei para o lado contrário a ele, e senti quando ele me abraçou.

Eduardo tinha razão. Ela é uma idiota, um monstro, eu não gostei dela é aparentemente ela não gostou de mim.
Maldita mulher. Imagina quando descobrir que o filho dela é homem com H de homossexual e que muitas vezes é meu passivo...


Simplesmente voceOnde histórias criam vida. Descubra agora