••••Pov Henrique••••
- Desculpe Júlio, mas já fazem seis horas e nem sinal dele, será que poderiam ligar?- Já tentamos filho, não adianta, ele não atende. -Disse meu pai
- O celular dele chama, não deve estar desligado. Ele atenderia se visse que era eu ligando.- Disse Júlio- Alguma coisa deve ter acontecido.
- Não pense besteiras querido.- Disse meu pai abraçando o namorado.
- Pai. Ele disse que são duas horas de viagem, e que quando chegasse ele ligaria para o Júlio. Já fazem quase sete horas.
- Vamos ligar para a polícia.- disse Júlio quase chorando.
Desde que fomos na casa da minha maldita mãe, nunca mais falei com ele. Gustavo é o amor da minha vida. Não estou mais aguentando a saudade. Eu o vejo todos os dias mas sempre que puxo assunto ele faz de conta que não tem ninguém falando com ele, espero que nada de ruim tenha acontecido.
Subi para seu quarto, deitei em sua cama e abraçei seu travesseiro, só Deus sabe o quanto eu chorei aquela noite. Achei um bloco de anotações em baixo do travesseiro. Eu sei que não é legal ver o diário de alguém, mas só tinha uma folha e falava sobre mim.
ULTIMAMENTE SINTO QUE ESTOU INCOMPLETO. DESDE QUANDO BRIGUEI COM HENRIQUE NÃO SEI O QUE FAZER, JÁ FAZ UM MÊS QUE NÃO FALO, NÃO ABRAÇO OU BEIJO O AMOR DA MINHA VIDA QUE VEJO TODOS OS DIAS. ESTOU PENSANDO EM FALAR COM ELE. VOU IR PARA A CASA NO LAGO ESSE FIM DE SEMANA, MINHA MÃE DIZIA QUE FAZIA ELA TOMAR AS DECISÕES CERTAS. ESPERO QUE SEJA VERDADE. BOA NOITE.... Gustavo...
Chorei mais ainda lendo aquilo. Dormi alí, abraçado no travesseiro dele.
No outro dia ainda nada de notícias dele, estávamos muito aflitos, os policiais não sabiam o que fazer. Nós não sabíamos o que fazer.
Até que graças a Deus o telefone tocou.••••Gustavo on••••
Eu não conseguia mecher muito bem, aquilo ardia muito. Eles não levaram nada de valor. Apenas me espancaram e sumiram.
Olhei ao redor mesmo sem poder me mexer muito, e vi que meu telefone estava no chão. Estiquei meu braço e tentei pegar ele. Foi inutiu.
Eu lembro que ainda estava de dia quando os caras me pararam. E sabia que tinha ficado desmaiado até o outro dia de manhã. A estrada era deserta. Não passavam carros alí, pois era uma propriedade privada. Logo, presumi que eles me seguiram desde minha casa.
Tentei levantar um pouco, e com muito esforço consigo rastejar um pouco, peguei meu celular. Por sorte ainda estava com uma boa quantidade de bateria. Quando liguei, 108 chamadas perdidas de meu pai 100 do Eduardo.Havia uma mensagem do Henrique, dizendo que ele estava com medo, medo de me perder para sempre e que ele me amava tanto que contou para a mãe que era ele meu namorado e disse que não queria mais saber dela, quando ela o rejeitou.
Chorei lendo aquilo. Disquei o número do meu pai e ele atendeu automáticamente.
P.pa.pai. me ajude por favor. Eu não aguento mais. - Gaguejei rouco.
- Filho? Onde você está? Gustavo?...- Disse meu pai chorando.
- P.pai venha logo por favor. E.eu estou perto da casa do l.la..go pai.
- Estou indo filho me espera aí.- Ele estava tenso.
Eu estava muito fraco, estava sem comer, sem água e cheio de ferimentos no corpo, desliguei o telefone e não lembro de mais nada.
Ouvi algumas vozes gritos, chamando meu nome.
- Meu Deus. Gustavo.- Berrou meu pai e correu até mim.- vamos levar ele para o hospital rápido.
- Ele está inconsciente?- perguntou Henrique.
Eu apenas abri um olho, ele estava lindo, mas com os olhos inchados.
- Diga a seu pai para ir até o hospital do centro que nos encontramos lá.- disse meu pai e Henrique saiu correndo. Logo vi o carro do Eduardo dar meia volta e ir embora.
Meu pai e Henrique me pegaram no colo e levaram até meu carro. Eu não conseguia falar nada, mas estava fazendo força para poder dizer algo, estava deitado no banco de trás, Henrique sentou na ponta e apoiou minha cabeça em sua perna.
Ele estava chorando muito, meu pai também, mas conseguia disfarçar bem.
- Ah Gustavo. Se você soubesse o quanto estou feliz por você estar vivo.- susurrou Henrique.
Lágrimas escorriam de meus olhos nesse momento.
Ele estava com o cabelo desgrenhado, o rosto inchado e enormes olheiras.Eu estava quase perdendo os sentidos, uma grande onda de cansaço bateu em mim e aos poucos apaguei. Ouvia de longe ele chorando.
- Não me deixa Gustavo, eu te amo, eu preciso muito de você. Não vá...- ele chorou.
http://my.w.tt/UiNb/wvGATYaIxE
Leiam essa também...☝☝
VOCÊ ESTÁ LENDO
Simplesmente voce
RomanceApós uma tragédia em sua vida, o jovem Gustavo acabou se fechando para o mundo e acabando com os sentimentos, mas um pequeno "imprevisto" poderá trazê-lo de novo para a realidade...