As flores chegaram antes das oito, conseguimos colocar tudo no lugar antes das dez, o casamento seria as quatro, estava quase tudo pronto. Abririamos o portão a partir das duas.
Com aquelas coisas que achamos no porão, fizemos uma coisa incrível, seria a primeira coisa antes do casamento. Eles dispensaram a tradição de não poder ver o noivo antes do casamento, também no convite dizia para os convidados irem com roupas casuais, nada de formalidades. E apareceriam de surpresa, sem nenhum convidado os ver antes.
13:30: Ele chegaram e foram para o quarto se trocar.
Conversamos um pouco e eles contaram a ideia de entrada.
13:50: Eles estavam descendo já vestidos.
14:00: abrimos o portão, convidados de toda a empresa e amigos do meu pai e Eduardo entraram, Lucas estava com seu marido. Estavam todos muito bem arrumados.
- Pai, Eduardo. Temos uma surpresa pra vocês, mais uma na verdade.
- Vocês terão que sair pela porta dos fundos, fechamos o portão do segundo jardim então ninguém vai entrar.- disse Henrique.
- O que é a surpresa?- perguntou Eduardo
- Vão lá. Iremos lá fora receber os convidados, quando vocês voltarem para dentro me dêem um toque.
- Filho vocês compraram as alianças?- perguntou meu pai.
- Fizemos melhor pai.
Henrique e eu fomos recepcionar os convidados na entrada.
Eduardo on
Estava curioso, Júlio segurou na minha mão e ultrapassamos a porta, havia um tapete vermelho ele ia até uma das árvores.
Seguimos até ela, tinha uma cortina para fotos, e várias coisas penduradas em molduras de Polaroid, eram presentes que demos um ao outro ao longo dos anos.
Uma lágrima surgiu involuntária no meu olho, ele segurou minha mão e me beijou.
- Eles conseguem mesmo nos fazer chorar.
- Ficou lindo. Mas eu ainda acho que falta uma coisa aqui.- disse Júlio me puxando.
- O que falta?
Ele me puxou para um sofá que estava alí. Ele deitou em cima de mim me beijando.
- Isso tá muito errado, pode chegar alguém aqui.
- Duvido, precisamos nos despedir. Juro que vamos ficar só nos beijos. A noite a gente termina.- Sussurrou.
Ficamos ali bastante tempo, tanto que nossos filhos precisaram ligar e avisar que iam abrir o portão.
O casamento seria alí. Tinha um arco florido lindo ao lado do laguinho. Estávamos na parte onde pessoas tirariam fotos e ficariam em lazer.
- Pai. Já são três e meia, os convidados estão todos aqui, vamos abrir o portão para que todos se acomodem.- disse Gustavo.
- Vocês deveriam entrar e se preparar. Falta meia hora para vocês dois finalmente realizarem um sonho.- sugeriu Henrique.
Entramos e subimos para o quarto terminar de se arrumar. Vimos pela janela os convidados irem até suas cadeiras, conseguimos um padre para realizar a cerimônia. Estava tudo lindo de mais.
Nossos filhos estavam cuidando da parte sonora. Então quando entrassemos a música começaria.
Dispensamos a tradicional marcha nupcial, queríamos uma música que marcou nossa história, uma música que não fosse calma, mas também não fosse agitada. Algo que contagiaria quem estivesse alí presente.
Olhei para o Júlio, ele estava radiante com uma camisa e uma bermuda branca, um calçado mocassim beje, estava com um colar que usávamos desde quando nos conhecemos, seus olhos estavam com um brilho diferente, ele percebeu que eu estava olhando pra ele e sorriu.
Meu telefone apitou novamente. 15:45, hora de descer e se posicionar na entrada.
- Vamos?
Ele pegou minha mão, não estava olhando pra cima, sua cabeça estava baixa e eu pude ouvir ele chorando baixinho.
- O que aconteceu?
- Eu estou feliz, depois de tudo o que passamos, estamos aqui. Queria tanto que nossos pais pudessem ver isso.- falou.
- Hey, eles estão aqui. Eles nos apoiaram antes, você tem dúvidas que eles não estão nos apoiando de onde quer que eles estejam?
- Eu sei, desculpe.- respondeu.
- Eu amo você Júlio, sempre foi assim. E agora finalmente posso ser feliz por completo.
- Eu amo você também. Estou muito feliz por isso estar realmente acontecendo.- limpou as lágrimas.
Descemos as escadas e fomos para fora. Eles haviam planejado tudo, tinha uma cortina na entrada, e um lindo e enorme tapete branco com algumas pétalas espalhadas. Para a cortina abrir, precisaríamos dar um toque no telefone do Henrique para ele ligar o circuito.
- Está pronto?
- Desde o dia em que te conheci.- respondeu.
Demos um selinho demorado e liguei para Henrique.
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Simplesmente voce
RomanceApós uma tragédia em sua vida, o jovem Gustavo acabou se fechando para o mundo e acabando com os sentimentos, mas um pequeno "imprevisto" poderá trazê-lo de novo para a realidade...