Como encarar Ana depois daquele sonho? Juro que foi tão real que até agora não acredito que foi um sonho.
Hoje era o jantar na casa de Felipe.
Parei a moto em frente à sua casa, estava cheia de amigos do restaurante e seus familiares. Entrei cumprimentando algumas pessoas e acenando tímida para outras. Logo meu amigo veio ao meu encontro.
- Cristina, minha amiga! Que bom que veio! Agora se enturme, pelo amor de Deus! - Felipe se aproximou e colocou uma taça de champanhe na minha mão.
- Eu estou me enturmando, não está vendo! - Disse andando de um lado para o outro na sua frente e sorrindo forçadamente.
- Muito engraçado, González!
- Porque você é tão chato? - Falei fazendo meu amigo rir.
- Olha ali quem chegou! - Felipe olhou para a porta.
- Quem? – Olhei na direção da porta.
- Jean e sua famosa noiva Ana! – Gelei. Juro que gelei! Quase cantei Let it go!
- Disfarça, mulher!
- Do que você está falando? - Me encolhi como pude atrás de Felipe, o que era um pouco difícil devido ao meu tamanho.
- Disso! - Felipe saiu da minha frente.
- Volta aqui agora! - Jean estava cada vez mais próximo.
- Sua musa está se aproximando! - Disse rindo.
- Musa? Tá maluco?
"Como ele sabia?"
- Você pode fingir para todos, até para você mesma, mas não para mim, minha amiga! - Naquele momento suspirei. Felipe sabia.
- Como descobriu? - Falei baixo.
- Como disse antes você não disfarça! Acha que não vejo como você fica quando ela está por perto. E você suspira cada vez que escuta o nome dela! - Disse rindo. - Não sabia que ia viver para ver Cristina González apaixonada! - Felipe riu com vontade.
- Cala a boca! - Falei gelando. Jean se aproximava.
A esposa de Felipe chegou bem na hora.
- Querido, Jean e Ana chegaram! - Marta deu o braço para meu amigo.
- Se enturme, Cristina! - Falou me olhando de rabo de olho.
- Até você! - Disse bebendo um gole de champanhe.
Os dois se afastaram e eu fiquei visível de novo, foi o suficiente para Ana me achar.
Ela me encarou e sorriu com seus olhos.
Bebi mais um gole de champanhe e peguei outra taça assim que o garçom passou.
Nosso chefe cumprimentava Felipe e Marta.
Era melhor sair dali o mais rápido possível, a próxima parada deles seria eu!
Andei rápido até a varanda, que estava relativamente vazia.
A lua estava linda, aposto que estava brindando a noite do meu amigo.
Coloquei a taça de champanhe em cima do parapeito da varanda.
Ficaria ali até dar meia noite, depois pegaria minha moto e iria embora o mais rápido possível. Minha tática estava dando certo, ninguém me achou por ali durante um bom tempo. Sentei em uma das cadeiras e liguei meu celular.
"Onde você está?"
Era uma mensagem de Felipe.
"Jean estava te procurando."
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Amor Doce Amor
Romance"Passei minha pequena toalha pelo rosto, tirando um pouco de farinha espalhada. Olhei mais uma vez para o corredor e ouvia cada vez mais vozes diferentes. Quando se trabalha em um cozinha você se acostuma com cada som que sai das panelas, dos utensí...