Final Batalha de Chef

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Assim que chegamos ao Brasil a responsabilidade nos chamou de volta. Ana voltou para as suas empresas e eu para a correria que era cuidar de um restaurante, uma casa e uma criança.

A fofoca durou alguns dias, pelo que Clara me contou. Ligaram diversas vezes para minha casa e tiveram a ousadia de bater aqui e no Coccina Dulce algumas vezes, por sorte tenho pessoas discretas e sensatas ao meu lado, pois nada foi dito, nem nossa localização.

Foram dias mágicos, mas agora estávamos de volta. Cada uma na sua casa, apesar de Ana passar muito mais tempo em meu apartamento.

A noite da grande final era amanhã. Passei o dia gravando textos e me preparando para o programa.

Meu chá de camomila ao meu lado, os textos do outro e eu no meio jogada olhando para o teto. Era o primeiro ao vivo, estava apavorada.

O relógio já marcava onze da noite. Luiza já dormia e Clara ainda estava no restaurante. A casa estava um silêncio perfeito para a minha concentração, mas nada disso me ajudou.

Batidas na porta me fizeram despertar do meu transe.

- Estou indo! - Falei alto depois que as batidas se tornaram mais insistentes.

Abri a porta e um largo sorriso surgiu em meu rosto.

- Ana! - Falei surpresa. - Você me disse não viria hoje... - Ela se jogou em meus braços e me puxou para um beijo.

Minha pequena estava na ponta dos pés e com os braços em volta do meu pescoço.

Levantei um pouco Ana, tirando seus pés do chão. Ela sorriu entre o beijo.

- Estava com saudade... - Falou me abraçando.

- Eu também!

- Passamos tanto tempo juntos na viagem, que fiquei mal acostumada - Falou rindo.

Coloquei Ana no chão e puxei ela pela mão para dentro do apartamento.

- Você me disse que iria resolver alguns problemas hoje...

- Que se dane os problemas! - Falou jogando a bolsa no sofá. - Você é mais importante que qualquer um deles.

Ana me olhava com aqueles lindos olhos e como sempre não resisti aquela mulher. Minutos depois estávamos na minha cama.

Não sei explicar o encanto que Ana exercia em mim, foi assim desde o primeiro dia e a sensação nunca passou. Aquela mulher me tirava do eixo, me levava do amor ao ódio em minutos, mas tudo com ela era mágico.

Ela dormiu nos meus braços e agarrada a minha cintura. Seu travesseiro preferido, como ela gostava de falar.

Parei para admirar cada traço do seu rosto perfeito. Senti o suave perfume dos seus cabelos e a maciez da sua pele.

Eu queria Ana para a vida toda, eu queria aqueles momentos da viagem, aquele sonho com nossos filhos, nossa conexão tão forte, nossas conversas bobas, risadas e brincadeiras. Eu queria tudo em Ana.

Ela se remexeu um pouco no meu colo.

- Para de me encarar... - Disse rindo e com os olhos fechados.

- Como sabe que estou te encarando?

Ela apenas riu.

- Eu sempre sei Cristina! - Falou abrindo os olhos.

- Ok senhora sabe tudo! - Falei rindo.

Nos encaramos durante alguns segundos. E uma ideia passou pela minha cabeça.

Amor Doce AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora