A casa de Aidan Moore ficava quase em New Jersey. Era longe, pequena e bem simples. Um loft com um quarto, uma cozinha conectada à uma sala, um escritório pequeno e uma área de lazer muito masculina e bem cuidada. Elena passou a mão sob uma mesa de bilhar, sorrindo com a masculinidade do local e apreciando ver parte da personalidade dele.Aidan estava perdido, dentro do quarto de porta de correr - como a de um celeiro - provavelmente trocando de roupa. Ele tinha oferecido água, sucos e café, mas ela tinha recusado, pelo menos por hora. Com certeza, pensou ela, iam ficar ali por mais algum tempo, até ele atualizar a situação na polícia. Realmente, uma enorme situação.
Ela não tinha mágoas quanto ao pai, afinal, nem conhecia ele, mas tinha medo dele. Havia muitas marcas nela por causa dele - ela nunca tinha sido adotada. Crianças bruxas, quando órfãs, geralmente nunca nem saem de Morrigan, são adotadas. Ela, no entanto, ela era a criança amaldiçoada - a filha de um assassino. Ela tinha aversão à magia negra, apesar de respeitar seus participantes, mas vendo o resultado de magia tão pesada, ela chegava a ficar enjoada.
Passou a mão no cabelo, sorrindo para as fotos de Aidan com um homem jovem bem vestido, provavelmente Mike, espalhadas pela sala. Aidan tinha um bom coração, enorme como um navio.
- Elena, pode vir aqui por favor? Quero te mostrar uma coisa!
O pedido dele, casual e inocente, fez ela se mover até a porta do quarto dele. Ela nem respondeu, só andou até lá, se encostando na porta quando o viu parado perto de uma cômoda, separando um casaco para si.
- Seu apartamento é muito macho. - Comentou divertida. - Eu adorei as fotos com Mike, na sala.
- Obrigado. - Ele riu. - Eu gosto dele. - Empurrou o casaco de lado.
- O que queria me mostrar? - Perguntou.
Aidan tirou a pomada do bolso, a colocou no ar e a mostrou para Elena. O choque, foi visível. Ele sabia como se aproximar de pessoas com medo, mas ele tinha que tomar muito cuidado com a personalidade dela, afinal, ele mal conhecia Elena.
- Eu não entendo. - Ela se fez de louca.
- Eu acho que você entende sim, Elena. - Falou sério, mas sem ser agressivo. - Se vamos fazer isso eu preciso de você bem.
- Eu estou ótima.
- Não sei se está. - Confessou. - Quer me mostrar o que foi no seu braço?
Defensivamente, ela segurou o pulso para si, o trazendo para junto do peito e olhando com raiva.
- Isso não é da sua conta.
- É quando você é minha parceira. - Suspirou. - Eu não vou brigar com você. Eu só quero ajudar.
- Eu não preciso de ajuda. - Falou séria. - Escute, já falou com Joel? Nós estamos perdendo tempo.
- Estamos ganhando tempo. - Aidan falou. - Vamos, me deixe ver seu braço. Vamos, Elena, seja boazinha.
- EU NÃO SOU SUA PARA FALAR ASSIM COMIGO! - Berrou, agora muito mais agressiva.
- Não, não é. - Aidan concordou, tentando conter a violência dela.
Ele deu um passo para frente e ela deu três passos para trás, defensivamente.
- Ok. - Ele compreendeu a dificuldade. - Não vamos resolver as coisas assim, Elena.
- E como vamos resolver as coisas, Aidan? - Perguntou. - Vai querer conversar sobre meu braço? Fazer de conta que se importa?
- Eu me importo.
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O Covil Soho
ParanormalA investigadora paranormal Elena Joy é chamada para resolver um caso envolvendo seu horrível passado. Conforme as pistas vão esquentando, Aidan Moore é obrigado a ajudá-la de uma forma que ele não imagina ser possível. Observe Aidan e Elena seguirem...