Joel olhava sem expressão para o rosto de Aidan Moore. O seu policial - seu Aidan - não tinha nem criatividade para inventar uma história como aquela. O homem estava ali, naquela casa - que era de Elena, e estava falando uma história incrível.
- Então... você é do BDSM. - Joel falou concordando com a cabeça.
- Eu acabo de te falar que magia e tudo mais existe e foi isso que você guardou? - Aidan levantou a sobrancelha.
- Sabe que essa história... sabe que isso... não vai colar na central. Não sabe? Elena está envolvida e...
- Eu sei. - Compreendeu o policial. - É por isso que preciso de sua ajuda.
Era um favor grande, pensou Joel, enorme na verdade.
- Eu tenho um caso. - Joel nem acreditava que ia falar aquilo. - Com a Interpol. Não estou dizendo que vou enviar você e Elena mas...
- Eu estou ouvindo. - Aidan concordou depressa.
- É um ladrão, em águas internacionais. Talvez você e Elena possam passar um tempo no Caribe, enquanto resolvem esse caso e o caso dos Joy esfria aqui. Talvez. Eu posso recomendar você e Elena.
- Obrigado, Joel. - Aidan sorriu. - Puxa... obrigado....
- Você bate nela? - Joel quis saber mesmo tendo ouvido toda história.
- Ocasionalmente, sim. - Mordeu os lábios ao ver Elena entrando na sala com um novo bule de chá.
Ela estava vestida com um vestido de malha preta que ia até os pés e estava relaxada, de cabelos soltos e pés no chão. Ela sorriu vendo Joel e já foi indo na direção dele.
- Joel! - Falou alegre. - Eu espero que Aidan esteja sendo um bom anfitrião.
- Elena! - Ele sorriu para a menina. - Está sim! Isso é mais chá?
- É sim! Eu mesma o fiz. Um lote muito especial! - Ela falou já servindo mais na xícara do chefe.
- Joel estava me falando como a Interpol precisa de ajuda do FBI e como nós dois poderíamos ajudar no caso.
- Mesmo? - Elena falou sorrindo. - Interpol parece bom.
- Suas mãos... - Joel perguntou.- Elas realmente soltam... fogo?
Elena tirou uma mão no bule e mostrou o poder para Joel.
- Incrível... - Os olhos dele vibraram. - Então se isso é verdade... então você realmente bate nela e dá banho nela como à uma criança...
Elena ficou vermelha quando ouviu isso e olhou para Aidan, o repreendendo.
- O quê?! - Aidan riu da reação dela. - Você concordou em contar tudo!
- Desculpe, Elena... eu estou velho e indiscreto. - Joel se desculpou. - Eu posso vê-lo? Joy?
- Pode ser arranhado. - Elena concordou.
- Ok. Ok... - Joel suspirou. - Vocês vão para o caribe, esta semana. Eu vou mexer os pauzinhos. Vou passar todos os dados do caso... é um caso bem complicado, Aidan.
- Podemos resolver. - Garantiu. - Não é mesmo, Elena?
- Podemos. Minha loja vai ficar bem com minha gerente! - Elena sorriu, e então, lembrou-se de algo importante. - Joel... se importa se ao invés de duas passagens pro Caribe, fossem três?
- 3? - Joel não entendeu.
- Ninguém mais no caso, eu prometo. - Elena sorriu. - É família.
"Paula", compreendeu Aidan.
- É, família. - Aidan concordou.
- Eu não sei se consigo ouvir mais nada hoje, por isso, eu vou concordar. Estejam prontos, em alguns dias. E aguardem minhas ordens. Agora, eu preciso ir para casa... ao contrário de vocês dois, quem apanha lá em casa sou eu... toda vez que me atraso! - Levantou-se. - Essa deve ser a história mais esquisita que eu já ouvi na vida... vou precisar ficar bêbado hoje!
FIM
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O Covil Soho
ParanormalA investigadora paranormal Elena Joy é chamada para resolver um caso envolvendo seu horrível passado. Conforme as pistas vão esquentando, Aidan Moore é obrigado a ajudá-la de uma forma que ele não imagina ser possível. Observe Aidan e Elena seguirem...