Morgan saiu do quarto depois de quase uma hora. Ela tinha sangue na roupa, parecia cansada e encostou a porta devagar, tomando passos curtos em direção à Aidan - a quem ela tinha expulsado do banheiro no minuto em que chegou e viu toda bagunça e as marcas de dedos na coxa da menina. Agora, com tudo mais calmo e silencioso, sem os gritos de Elena, Morgan conseguia pensar pela primeira vez com clareza.- Como ela está? - Perguntou Aidan juntando as mãos no colo, se dando conta que ele também estava sujo de sangue.
- Dormindo. - Falou. - Vai dormir pelo menos umas quatro horas com o sedativo que eu apliquei nela. - Suspirou sentando-se na frente do amigo e o observando. - Eu dei uma injeção nela antes mesmo de tirar ela do chuveiro. Depois disso, ela não lutou mais. Desmaiou e eu a examinei e cuidei.
Aidan concordou.
- Fiz pontos falsos no pulso e enfaixei. Não mexe neles, eu quero ver ela amanhã no meu consultório, no clube. Eu vou trocar esse curativo.
- Ok. - Concordou. - Ela perdeu muito sangue?
- Assusta mais do que é sério. - Sorriu gentilmente. - Ela não perdeu muito sangue, mas está fraca sim, e assustada.
- Você... a examinou?
- Inteira. - Concordou. - Dos pés à cabeça. Achei melhor, devido às circunstâncias. Ela estava drogada e eu tinha que ver ela nua.
- Olhou a vagina e o ânus dela?
- Olhei. - Suspirou. - É uma cicatriz grande ali, mas ela é virgem. Examinei bem o hímen dela e está lá. Sobre a cicatriz.... é grande e assusta, mas está bem cicatrizado e o tecido está bom, eu apalpei ali. Se for tomar ela por trás, use muito lubrificante e tente fazer ela não resistir demais...o ânus dela pode não ser tão elástico como o esperado. Você com certeza logo vai tocar mais ela ali e vai avaliar por si mesmo, mas fora isso... ela está perfeita.
- Obrigado, Morgan.
- Eu acho que quero dar uma antidepressivo para ela, pelo menos por um tempo.
- Eu entendo. - Os olhos dele queimaram.
- Como eu desconfio que ela não vai querer tomar...
- Eu dou à força. - Aidan concordou.
- Ela vomita. - Declarou Morgan. - Não sei o quão grave é, mas vamos ter que consultar um especialista. Eu tenho um contato ou dois, que atenderiam alguém do clube, com você como responsável...
- Ela vomita... de propósito?
- Ela não está abaixo do peso, mas eu acredito que ela se encaixa bem na bulimia pelo o que você me contou. Ela pica a comida com as mãos, enrola, afasta de si...
- Como eu posso ajudar?
- Por agora, vamos passar um antidepressivo em forma de supositório. Eu sei que vai ser constrangedor pra ela, mas eu quero que ela tome, realmente. Quanto ao transtorno alimentar, até conseguirmos o especialista, eu quero que dê pelo menos três refeições por dia para ela, quando puder, e não deixe ela sozinha no banheiro, sempre que possível.
- Eu estou considerando bater nela.
- Uma surra pode ser bom agora. - Concordou. - Uma boa surra, como você sabe muito bem dar. Uma conversa séria sobre regras e limites também. Ela vai precisar de muitas regras, regras claras e limites. Limites que se cruzados terminem em consequências ruins, como apanhar.
- Sim, eu farei isso.
- Aidan... se ela não melhorar... ou se você achar que não consegue segurar ela... eu sempre posso conseguir uma clínica para tratar ela, por um mês ou dois.
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O Covil Soho
ParanormalA investigadora paranormal Elena Joy é chamada para resolver um caso envolvendo seu horrível passado. Conforme as pistas vão esquentando, Aidan Moore é obrigado a ajudá-la de uma forma que ele não imagina ser possível. Observe Aidan e Elena seguirem...