- Está ficando tarde. - Elena constatou ainda coberta pelos cobertores grosso de Aidan.
Ela ainda estava coberta, nua por baixo mas agora estava corada novamente e tinha comido meia barra de chocolate há menos de meia hora. Glicose ia ajudar, pensou Aidan, quase tanto quanto a companhia e alguns risos. Elena podia ser difícil em alguns sentidos, mas ninguém resistia à chocolate.
- Está. - Concordou. - Eu vou te ver uma roupa, para a gente comer alguma coisa.
- Eu preciso ir para casa. - Suspirou se sentando e levando consigo o cobertor, com todo cuidado. - Eu preciso passar na minha loja amanhã.
- Eu preciso passar na estação amanhã. Tenho que conversar com Joel, à sós.
- Ok, então seguiremos caminhos separados amanhã.
- Se seu pai é um suspeito, preciso levantar fichas sobre ele.
Elena olhou para Aidan e concordou com ele.
- Ok. Você pode me deixar em casa? De repente comemos alguma coisa no caminho.
- Você não vai dormir sozinha naquela mansão depois da crise de hipotermia que teve. - Riu. - Eu quero ficar de olho em você durante a noite.
- Eu vou ficar ótima. - Olhou para ele curiosa. - Você só tem uma cama e eu não vou dormir com você. E preciso trabalhar amanhã.
- Eu vou dormir na sala, não se preocupe.
- Aidan, eu quero ir para casa. - Falou de forma mais adulta e firme. - Eu preciso fazer feitiços, preciso de roupas limpas... por favor. Eu vou ficar bem sozinha, eu prometo.
- E vai me ligar se não ficar. - Levantou a sobrancelha, compreendendo que ela precisa de espaço para respirar depois de tudo que havia acontecido entre eles. - Não é mesmo?
- Eu prometo.
- Vamos, então, eu vou te vestir e comemos no caminho.
Aidan esticou a mão para ela e ela, ao invés de dar a mão para ele, recuou. Agarrou a mão para si e olhou para ele, muito vermelha.
- Elena... - Ele falou com a voz suave. - Está tudo bem, pequena, vou apenas te vestir.
- Eu sei que você... tirou minha roupa hoje. - Falou constrangida.- Mas eu também sei que você não viu muita coisa e eu prefiro continuar assim um tempo. Eu sou tímida, Aidan e não quero que veja....
- Seus atributos femininos? - Falou em voz alta. - Eu não vi nada hoje, Elena, tem razão, mas verei em breve. - Concordou. - Eu sei que pode ser constrangedor, mas eu quero que vá trabalhando isso na sua cabeça. Mas... tudo bem.... eu vou te dar uma roupa....
- Obrigada.
- Fique em casa e peça para a viatura policial te levar até seu trabalho amanhã. - Exigiu. - Se precisar de qualquer coisa, você me liga.
- Eu sei, prometi que ia ligar.
- Ok. - Concordou.
Aidan moore deixou Elena em casa, acompanhada de uma viatura depois de dar um belo pedaço de carne com macarrão para ela. Ela tinha comido sem problemas, rindo e falando coisas legais sobre feitiços e sobre como ela havia chocado o mundo humano muitas vezes. Agora, ela estava mais leve, mais feliz e parecia um tanto menos preocupada com o fato de que o pai provavelmente queria sacrificá-la para um Deus que usava chifres. Podia ser o diabo, pensou Aidan, se ele acreditasse naquela coisa de diabo, mas Elena parecia acreditar em demônios andando pela terra, e Aidan tinha que respeitar a opinião dela agora.
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O Covil Soho
ParanormalA investigadora paranormal Elena Joy é chamada para resolver um caso envolvendo seu horrível passado. Conforme as pistas vão esquentando, Aidan Moore é obrigado a ajudá-la de uma forma que ele não imagina ser possível. Observe Aidan e Elena seguirem...