- Oh, Daisy!Aidan observou Elena abraçando a amiga de cabelos loiros - uma perfeita garota 4 de julho. Incrivelmente, Daisy não parecia uma bruxa, quase tanto quando Elena não parecia e nem mesmo Mary, Aidan pensou. As duas se abraçavam e choravam agora, lamentando a morte da amiga.
A sala dela era tão criativa quanto a sala de Mary - observou o agente. Cheia de fru-frus indianos, velas, coisas penduradas. Bruxas em Nova Iorque, riu, eles só podiam estar brincando com a cara dele. Aidan observou um pentagrama, sob a bancada da cozinha, quase igual ao visto na casa de Mary e decidiu que ia ficar curioso.
- Isso aqui não é magia negra? - Perguntou em voz alta, dando um passo para trás.
- Não. - A mulher loira e levemente acima do peso respondeu limpando o rosto das lágrimas enquanto consolava Elena.
- Havia um desses na casa de Mary.
- Todos que praticam algum tipo de bruxaria, usam a estrela. - Daisy explicou.
- Então como podem ter certeza que a de Mary era magia negra?
Daisy suspirou, abandonando a amiga um pouco e permitindo que ela se sentasse em um sofá macio e caminhou até Aidan.
- Vê a ponta de cima? Polo norte. Agora, acompanhe. Norte, sul, leste, oeste. Todas as pontas estão alinhadas. - Apontou delicadamente no ar, acompanhando o desenho. - Se é o que vocês viram mesmo, a estrela na casa de Mary estava de ponta cabeça.
- E o cheiro de enxofre. - Elena disse com a cabeça entre as mãos. - Magia negra deixa rastros. Enxofre costuma ser um deles.
- E os animais mortos. - Daisy completou. - Coisa muito suja. Com um preço muito alto.
- Ok. - Aidan concordou virando-se para Elena no sofá. - Então essa pessoa, seja lá quem for, matou Mary Ann em um ritual de magia negra.
- É a teoria. - Elena concordou.
- E com quê propósito?
- Não sabemos. Ainda não. - Elena declarou. - Cada tipo de encantamento, serve para uma coisa, eles não são iguais. Se descobrirmos o que era o que vimos na casa de Mary, podemos ter uma ideia do que esta pessoa está querendo.
- E vocês não tem um livro? Uma Bíblia da bruxaria para consultarmos?!- Perguntou indignado já com toda história.
- Não funciona assim. Magia não pode ser aprendida em livros. - Daisy falou. - Os encantamentos são passados para nós. De geração em geração.
- Elena disse que estudou magia negra, quando aprendeu magia branca. Vocês devem conhecer alguém que possa nos ajudar a descobrir o que esta pessoa queria. Alguém ensinou para vocês essa porcaria!
- Isso é diferente. - A bruxa esquisitona falou. - Eu nunca tinha visto nada assim antes. Nunca. Vai ser difícil achar alguém que possa nos ajudar.
- Elena, fale com Paula. - Daisy falou cruzando os braços também. - Ela é a única que abriria o jogo conosco, se souber de alguma coisa.
- Quem é Paula? - Perguntou Aidan.
- É minha irmã. - Daisy explicou. - Ela tem um covil envolvido com magia negra. Se alguém pode nos dar respostas, é ela.
Oh, merda! Merda! Aquilo só estava ficando pior.
- Você tem uma irmã que pratica magia negra? Isso não é tipo, errado entre vocês?! - Ficou chocado. - Mary acabou de ser morta em um ritual desses!
- Toda magia é um equilíbrio, Agente, entre o bem e o mal e todos nós somos todos eles. Alguns de nós só tende para um lado destes extremos e minha irmã, tende ao mal. Não se preocupe, ela não mata animais e usa velas negras. Ela só é muito egoísta e pragmática.
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O Covil Soho
ParanormalA investigadora paranormal Elena Joy é chamada para resolver um caso envolvendo seu horrível passado. Conforme as pistas vão esquentando, Aidan Moore é obrigado a ajudá-la de uma forma que ele não imagina ser possível. Observe Aidan e Elena seguirem...