↪ Capítulo 27 ↩

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Louis Tomlinson - Sábado; 04:53 AM

Fechei meus olhos pelo que parecia a milésima vez, e suspirei ao desistir de tentar dormir, abrindo os novamente. Minha mente estava perturbada, e eu não parava de pensar em tudo que Styles havia me dito.

Coloquei meu polegar sobre meus lábios, lembrando do jeito que o garoto de olhos verdes me beijou, e como ele contornou meus lábios com seus dedos depois, dizendo que era pra mim ser forte.

E era isso que eu precisava no momento, de força. Sinto que as coisas irão piorar, e torço para que eu esteja errado.

Não sei qual é o próximo passo que daremos agora, mas Harry parece estar pensando em algo e eu me pergunto se o garoto quer o meu bem.

Outra lágrima desce, e eu estou cansado de chorar. Acho que nunca chorei tanto em toda minha vida, como agora.

Sei que não sei de tudo ainda que preciso saber, mas não quero nem imaginar o que me espera. Nunca fui muito religioso, visto que eu nunca tive um exemplo sobre em casa, meus "pais" sempre diziam ser ateus porém eu preferi acreditar que Deus existia.

E tomara que ele me ajude.

Levantei da cama e com passos leves me aproximei da porta, ficando feliz ao girar a maçaneta e perceber que eu não estava trancado como um prisioneiro.

Tudo estava escuro e eu andava atento, tentando ao máximo não esbarrar em nada e fazer algum barulho.

Entrei na divisão da cozinha e fui em direção a geladeira, abrindo a mesma e tomando um susto quando uma mão encosta na minha sobre a porta.

— Não conseguiu dormir? — Perguntou, e a luz da cozinha se acendeu em seguida revelando Harry que tinha seus olhos avermelhados.

— Eu...— Comecei a dizer, ficando um pouco desconfortável com seu olhar sobre mim e ele franziu suas sobrancelhas para mim. — Não.

— Porque está me olhando desse jeito? — Questionou, e eu tirei minha mão debaixo da sua me abaixando para pegar o jarro de água.

— Você usa drogas? — Perguntei, fechando a geladeira em seguida, e despejando água em um copo.

— Não. — Disse rápido e eu o olhei para ele enquanto bebia o líquido gelado. — Hunf.

— Então porque seus olhos estão vermelhos?

— E isso é da sua conta?

— Minha vida também não é da sua conta mesmo assim você se preocupa com ela, então porque não para de ser ignorante? Só fiz uma pergunta. — Disse entre dentes e ele olhou para o lado antes de bufar.

— Eu tenho insônia quase sempre.

— Oh, e porque?

— Você faz perguntas demais. — Revirou os olhos.

— E você se irrita pra caramba. — Balancei a cabeça. — Mas já que não quer responder, não irei insistir, tenho coisas melhores pra fazer.

— Como chorar? — Interrogou e eu o olhei brevemente.

— É, chorar.

— Eu ouvi você chorando. — Murmurou e eu fechei os olhos envergonhado. — Porque não para um pouco?

— Não consigo, o que posso fazer?

— Parar de pensar demais. — Aconselhou e eu soltei uma risada seca.

— Também não consigo.

— Você é sempre assim tão fraco?

— Se está tão encomodado, porque não me ensina a ser forte?

— Porque eu não sou o suficiente.

— Oh. — Foi tudo que saiu dos meus lábios e meus olhos desviaram para as minhas mãos.

Ele parecia ser.

— Ei, quer sair? — Sugeriu depois de alguns minutos onde estávamos estáticos.

— Não estou afim de andar.

— Vamos no meu carro.

— Roubou um? — Perguntei desconfiado e ele abriu um sorriso.

— Não, eu comprei. — Informou.

— Riquinho você. — Acusei. — Vamos onde?

— Poderíamos ir até o fim do mundo, mas eu não sei onde fica. — Disse e eu soltei uma risada. — O que?

— Acho que o fim do mundo não existe.

— Podemos fazer ele existir.

— Porque não para um pouco com essas frases medíocres? — Disse com tédio.

— Porque não deixa de ser um medíocre?

— Cara, você me irrita.

— E você me estressa. — Cruzou os braços, soltando um grunhido.

— Porque não me entrega logo para os meus verdadeiros pais?

— Não quero que você seja só um objeto para eles.

— Como?

— Não quero que você seja só um objeto para eles. — Repetiu.

— Mas quer que eu seja um pra você?

— As vezes fico com vontade de te matar. — Rosnou, perdendo a paciência.

— E porque não mata?

— Porque o amor é mais forte que o ódio.

Daddy Toy ⭐ StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora