↪ Capítulo 31 ↩

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Louis Tomlinson - Sexta; 07:50 AM

Pra ser sincero eu nunca gostei de comemorar meu aniversário, até porque que graça tem ficar mais velho? Ainda mais quando sua vida está prestes a virar um verdadeiro inferno, sim, definitivamente um inferno.

Agora aqui estou eu deitado nessa cama cheia de lençóis, com meus olhos fechados e mãos estrelaçadas sobre meu peitoral despido, parecendo um verdadeiro defunto no caixão. Meu estômago estava embrulhando e eu não tinha nem um terço de ânimo para levantar dessa cama.

Mas tive que levantar quando Harry me chamou pela quinta vez do lado de fora. Sim, por incrível que pareça Styles me deu total liberdade para trancar a porta por dentro quando quisesse e eu fiz isso, até porque nunca se sabe quando aquele garoto com hábitos impulsivos possa abrir a porta e me matar, ainda não confio nele totalmente.

Mas bom, na verdade sinto que não posso confiar em ninguém nesse momento.

Ninguém.

— Já vou Harry. — Eu disse abrindo os olhos, não tendo a certeza se ele ouviu, me levantando em seguida e abrindo a porta me deparando com seu tronco despido escorado sobre o batente da porta, me expondo suas tatuagens e eu engoli um seco.

— Bom dia. — Ele disse, seus lábios curvados levemente pra cima como se ele quisesse esboçar um sorriso.

— Dia. — Revirei os olhos, dando-lhe as costas em seguida e voltando pra cama, na verdade me jogando nela.

— Pode se levantar já, temos que ir ao banco, esqueceu? — Questionou e eu bufei cruzando os braços.

— Não, eu não esqueci Harry, mas eu não tô afim, será que você não entende? Mas que saco em, até parece que você está de olho no meu dinheiro. — Eu disse já perdendo a paciência.

Ultimamente Harry só tem falado que temos de ir ao banco, e isso com certeza fez eu desconfiar dele pensando que ele está apenas me usando para colocar as mãos no que me pertence. Não que eu fique extremamente feliz por herdar algo que chegou a custar a vida do meu avô, mas é que eu realmente não tenho a quem confiar agora e apesar de não ter confiança totalmente em Styles, ele é a única pessoa a quem posso correr e eu odiaria me decepcionar com o mesmo.

O silêncio pareceu predominar aquele quarto sem graça por alguns minutos e eu já estava ficando frustrado pelo Harry não pronunciar nada, ele estava num canto em pé suas mãos de cada lado do seu corpo, olhando para o chão estático.

— Já ouviu aquele ditado? Quem cala consente. — Eu disse encarando o teto. — Você quer o dinheiro, não é, Styles?

— Louis cala a merda da boca! — Ele gritou de repente e eu abri um sorriso.

— Ah Harry, abre o jogo logo. — Murmurei e ele soltou uma risada sem humor antes de andar até a beira da cama.

— Que jogo garoto? Você pirou? — Ele questionou com seus olhos arregalados e veio até mim, se curvando a altura do meu rosto e agarrando meu queixo com seus dedos gélidos. — Eu não preciso do seu dinheiro e nem de você, estou apenas te ajudando mas se você não consegue enxergar isso e nem valorizar, que se dane!

— É que pra você tanto faz né Styles? É tudo questão de pena...— Eu disse com meus olhos cheios de água, colocando minha mão em cima do seu pulso tentando tirar seu aperto do meu queixo.

Seus olhos frios me encararam uma última vez antes dele se afastar e andar até a porta novamente, parecendo me ignorar, e quando eu pensei que ele ia sair do quarto ele se vira pra mim e pronuncia tais palavras.

Daddy Toy ⭐ StylinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora