Louis Tomlinson
— Você tem sorte. — Ele disse, caminhando em minha direção ainda mirando em mim. — Sabia?
Eu não disse nada. Na verdade, eu queria rir. Rir de desespero. Até porque tudo que eu menos tenho, é sorte. E se ele está querendo me fazer sentir melhor por ainda não ter desparado o gatilho, não está funcionando.
— Só não te mato, porque preciso de você. — Sussurou, e eu fechei os olhos não querendo olhá-lo, porque eu sei que eu ia acabar chorando. — Mas assim que eu não precisar mais, qualquer deslize... Você não me escapa.
Fiquei em silêncio, mas o desespero tomava conta do meu corpo. Eu me sentia pressionado. E não era só isso. Eu sentia tantas coisas, que nem eu sabia o que era. Era horrível. Eu já esperava pela minha morte.
— Mas por agora, é hora de você dormir. — Sorriu e eu abri meus olhos, em vão, quando Harry me deu uma coronhada, fazendo eu voltar a fechá-los.
Na manhã seguinte, me levantei, sentindo meu corpo destestável. Tinha vontade de ir ao banheiro e chamei por Harry, que não me respondeu.
— Harry, eu preciso mijar, por favor. — Falei pela segunda vez, não obtendo nenhuma resposta. Eu queria não ter que precisar de lhe dirigir a palavra, mas eu já consegui segurar por tempo demais.
E depois que chamei-o pela terceira vez, não tendo resposta novamente que eu decidi sair do quarto.
Caminhei em passos leves, tomando cuidado e tentando ouvir qualquer barulho que surgisse. Avistei o relógio que marcava 06:25 am. Era cedo, talvez ele estivesse dormindo.
Fui até a porta verificar se a mesma não estava destrancada, mas infelizmente, não estava. E de repente, senti que ia mijar alí mesmo e me apressei a ir ao banheiro.
— Harry?! — Chamei-o mais uma vez, chegando a conclusão que o mesmo teria saído.
Avistei seu notbook em cima da mesa e não perdi tempo em pegá-lo e sentar no sofá, pousando-o em meu colo.
Pra minha surpresa, não pedia senha e imediatamente achei estranho. Uma pessoa ardilosa como Harry, devia tomar cuidado com essas coisas. Se bem que, as vezes, não há nada demais.
Mas pelo visto, eu equivoquei-me ao pensar isso, quando vejo inúmeras pastas na tela de trabalho. Muitas identificadas com # e um número qualquer, havia outra que estava com o nome de início e quando cliquei nela, apareceu mais pastas com o mesmo símbolo, numeradas de 1 à 50. E quando resolvi vê algumas delas, comecei a tremer imediatamente.
Eram fotos de pessoas mortas. E a cada pasta, era de uma pessoa específica. Continha fotos e vídeos, cada um nomeado com o nome completo da pessoa e a data de sua morte.
As lágrimas desciam sem parar, sentia que ia ter uma crise de pânico a qualquer momento. O ar já começava a me faltar, e eu não queria acreditar no que estava vendo. Harry era pérfido, e a cada dia que passa, eu tenho ainda mais certeza disso. O medo me consomia por completo. A repugnância, o desespero.
Eu entrei em algumas pastas durante um tempo, e por mais que eu devesse parar de olhar, não conseguia. E isso só fazia me sentir pior. Até que entrei na pasta #5146, contendo 43 arquivos dentro da mesma, e quando cliquei na primeira que apareceu, meus olhos se arregalaram.
Steve Arnold Watson. 15/08/13.
Era meu tio, mas porquê Harry mataria-o? Lembranças de Steve vieram à tona. E quem dirá que eu me lembrará do seu jeito insolente.
Eu devia ter mais ou menos uns quinze anos quando ele veio à minha casa se hospedar por três dias. Antes disso, nunca o havia conhecido, e depois disso, nunca mais lhe vi. Eu tinha ficado animado, pois raramente conhecia algum "parente" meu. Nunca tive primo, uma vó. Até ele ter más intenções comigo. Como uma vez que meus pais saíram e ele me fez sentar ao seu lado para assistir um filme pornográfico contra a minha vontade. E ainda tentou passar suas mãos pelo meu corpo, até eu sair correndo para o banheiro e ele me trancar lá dentro.
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Daddy Toy ⭐ Stylinson
Fanfic"Eu sou seu Daddy e meu pau é seu brinquedo" Capa feita pela @BabeNon Copyright ® 2016 all rights reserved by @whorepll