Seguimos até o mini shopping do castelo e tentei ignorar os olhares
que as criaturas me lançavam conforme caminhávamos e nos encontrávamos com mais delas. Seus olhares variavam entre curiosidade, repulsa, simpatia e hostilidade. Todos cumprimentavam Cameron, mas apenas alguns falavam comigo. Os que falavam, respondia e tentava sorrir para ser simpática.Comprei minhas roupas nas lojinhas de lá, mas quem "pagou" foi ele.
Não tinha ganhado meu cartão ainda. Fiquei completamente sem graça, mas não tinha o que fazer, então aceitei.— Não se preocupe. Como já disse, os cartões são ilimitados. — repetiu pela terceira vez, após ter dito novamente que iria pagá-lo.
— Eu sei, mas é complicado...
— Por quê?
— Eu sei lá. Me sinto em dívida com você.
— Besteira. Esqueça isso. Quer almoçar comigo? — e sorriu de um
jeito fofo.— Se você e seus amigos não se importarem... — retribuí o sorriso.
— Não. Eles não vão se importar, mas são bem curiosos. Tome cuidado. — e piscou para mim.
Depois de levarmos minhas sacolas para o quarto e me trocar, fomos até a ala de restaurantes do colégio. Havia colocado uma blusa de mangas compridas branca, com gola V e colada ao corpo, uma calça de couro preta e botas pretas de salto baixo.
— Olha... não que não curta seu visual, mas acho melhor você colocar uma saia ou vestido. — Cameron comentou um pouco sem graça quando saí.
— Por quê?
— As garotas do colégio geralmente usam saias ou shorts.
— Ah. Sim. Não quero parecer diferente demais. — e voltei para o
quarto.Coloquei um vestido preto de renda, as mangas eram longas e também
rendadas, a gola dele era redonda e deixava boa parte das costas e do colo aparecendo, era coladinho até a cintura e depois era mais solto. Nos pés calcei uma sapatilha preta.— Pronto.
— Você comprou só roupas pretas? — arregalou os olhos.
— Você não reparou enquanto pagávamos? Sim. Só roupas pretas.
— Preto é a cor dos vampiros e dos fantasmas.
— O que tem isso?
— Eles não gostam que usemos as mesmas cores que eles. É uma maneira de diferenciação entre as classes.
— Ah, mas só comprei roupas pretas.
— Bem. Hoje você me acompanha assim. Vou te emprestar um manto azul escuro que tenho, que vai cobrir sua roupa. Torça para que ninguém a veja muito de perto, para que não questione suas roupas. — e entrou no quarto saindo com o manto azul escuro e dourado.
— Obrigada. — e o vesti. Nossa! Parecia uma capa enorme de vilão,
mas cobria bem.Seguimos para a ala dos restaurantes. Lá era como uma enorme pra-
ça de alimentação que ficava no primeiro andar à direita. Em volta, víamos nas fachadas o que o restaurante vendia, por exemplo, comida italiana, japonesa, alemã, inglesa, tailandesa, chinesa, vegetariana, fastfood... minha nossa!Tem de tudo aqui! Cameron me guiou para o restaurante de comida italiana e depois que pegamos nosso almoço, seguimos para a mesinha onde estavam sentados os seus amigos (era mesmo como uma praça de alimentação, as mesinhas ficavam em frente aos estabelecimentos).
Sentamos e de imediato olharam
para mim. Aliás, como o resto do local, por ser a única pessoa a usar uma capa na praça de alimentação.— Olá, Cameron. — disse uma das duas meninas do grupo (eram
três). Tinha cabelos longos, pretos e cacheados, seus olhos também eram escuros e bem expressivos, sua pele era morena e muito bonita.
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Fantasy
FantasíaFantasy foi publicado pela Editora PenDragon. SINOPSE: O que você faria se acabasse ficando preso em uma cidade do tamanho de um Reino; lar de criaturas sobrenaturais com costumes completamente diferentes dos seus? O que você faria se tivesse que pa...