Fantasy

Capítulo 15

— Você está bem, Alessia? — Julie falou e todos passaram a me olhar. — Ah... eu... sim. — e me forcei a sorrir.

— Você mal tocou no seu almoço e andou quieta a semana toda... — encarava-me com o olhar preocupado.

— Até estão comentando que seu desempenho nas aulas do Tom e da Havena principalmente, está cada vez pior... — Camilla comentou num tom triste e preocupado.

— Não estou muito legal essa semana... é só uma gripe humana. — falei a palavra "humana" mais baixo, para que apenas eles ouvissem, mas Camilla tinha mesmo razão... estava muito quieta essa semana e também meu rendimento havia caído muito. Isso tudo por causa da minha doação de segundafeira ou dia Lunae (para as criaturas daqui), quando tive que doar meu sangue para um vampiro.

— Quer que a gente te arrume algum remédio? — Noah se juntou a nossa mesa.

— Não. Já estou melhorando. — e lancei outro sorriso forçado.

— Ethan, você também anda muito quieto. — Lewis passou a encarálo analiticamente. — Também está com alguma doença humana?

— Não enche. — e levantou da mesa para levar a bandeja dele e as dos demais, que empilharam suas bandejas sobre a dele.

— Sei o que esses dois têm. — Cameron falou em tom sério e o olhei

como se o mandasse ficar quieto só com os olhos.

— O que eles têm? — A fala foi geral.

— Ethan bebeu do sangue de Alessia no dia Lunae.

— O que?! — Julie gritou e seu grito foi ecoado por Lewis, Camilla e Noah.

— Pois é... — soltei um suspiro cansado e tentei desviar o olhar dos demais.

— O que ele te fez? — estava visivelmente irritada.

— Qual foi a chantagem? — Lewis estreitou os olhos.

— Ele nunca aprende! — Camilla bateu de leve na mesa, irritada.

— Ei! Deixem-na falar! — Noah tentou apaziguar os ânimos.

— Obrigada. Por favor, não fiquem bravos com ele. Eu... deixei em troca de uns favores que me fez.

— Favores? — Lewis parecia confuso. — Que favores?

— Coisas minhas, desculpem-me.

— Como assim coisas suas? — Julie estava pronta para gritar novamente, mas Camilla a deteve.

— Julie... deixe. Ela não quer contar. Não vamos obrigá-la.