Capítulo 5

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Uma saia lápis preta, justa, uma camisa de botão vermelha, com detalhes pretos, mangas dobradas até os cotovelos, maquiagem leve e já estou no elevador, rumo ao vigésimo andar da Roriz InterCorper. Estou tranquila? Não, não estou. Será que vou reconhecer o bam bam bam sem aquela máscara? Será mesmo que Olívia está certa e eu transei com o meu chefe? Ai, caramba! Só de imaginar essa possibilidade, sinto meus joelhos fraquejarem.

Não pode ser ele, não pode!

Os portas do elevador se abrem e o frio na barriga se intensifica. Cumprimento meus colegas de trabalho e vou para minha mesa. Estou dez minutos adiantada, então, vou ao banheiro revisar o visual. Nem sei por quê estou tão preocupada com a aparência hoje, mas já estou irritada. Já estou na minha segunda semana de trabalho e só hoje fiquei assim. Inferno! É um dia como outro qualquer, Luana, para com a palhaçada.

Volto para minha mesa e assim que encosto a bunda no assento da cadeira, o telefone em minha mesa toca.

O bam bam bam me chamando na sala dele. Bicho pontual! Oito da manhã em ponto. Bem que a Livi disse que ele sempre vai saber se eu chegar atrasada. Foi por Deus mesmo que ele esteve fora no meu primeiro dia.

Me levanto, pego a agenda com os compromissos do dia, aliso minha roupa e vou em direção a sala do bam bam bam.

Respiro fundo e entro, quase esquecendo de como respirar ao me deparar com o homem mais lindo que já vi na vida.

Meu Deus, isso é que é patrão, hein! O cabelo em um topete perfeito, o rosto lisinho, deixando a mostra a pintinha sexy no canto da boca, olhos marcados por cílios espessos… E merda! Eu jamais esqueceria esses lábios carnudos e esse olhar tão marcante. A pintinha estava escondida pela barba, que agora não existe, mas esse olhar… Droga! Droga! Droga! Eu transei com o meu chefe.

Calma, Luana, se acalme, não vai ter um ataque de pelanca na frente dele. Aiii, se era ele mesmo, ele sabe que eu sou eu. Merda!

Faço o que? Finjo que nada aconteceu? Faço a egípcia? Claro! É isso mesmo!

- Quais os compromisso de hoje, Luana? - pergunta de uma vez, com a voz grave, inconfundível. É mesmo ele! Merda!

- Bom dia, para o senhor, também. - solto, sem pensar. Que sem educação, chefinho.

- Como é? - pergunta, com olhos semicerrados.  

- É… O senhor tem uma reunião ás nove, via skype, com um investidor do Canadá, um almoço ao meio-dia com o seu advogado, no Pérgula e ás três da tarde, aula com seu mestre de muay thai, na academia da sua cobertura.

- Ótimo! Pode voltar pra sua mesa. - fala, com ar superior.

Meu Querido ChefinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora