Capítulo 35

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Caramba! O Cristiano tem toda a razão de ser como é, teve um professor perfeito. Que horror! Que homem amargurado!

E Cristiano me defendendo? Realmente, nos conhecemos muito pouco, mas ainda assim, lá está ele, batendo de frente com o próprio pai.

Já falei que esse homem me confunde? Confunde muito!

E eles continuam discutindo.

- Pai, olha só, eu sei que a Luana não é esse tipo de mulher que você pensa. Aceite que eu já estou grandinho pra você ficar se metendo na minha vida desse jeito. Eu já sou muito capaz de saber o que é bom pra mim ou não. E quer saber? A Luana tem me feito muito bem.

Eu tenho feito muito bem a ele? Ah, chefinho, o que eu faço com essa sua bipolaridade, hein?  Mas eu tô amando esse seu lado fofo.

O pai dele continua tentando o fazer mudar de ideia e ele continua a optar por nós, até que o pai faz a pergunta derradeira:

- Vou te perguntar, morrendo de medo da pergunta, mas vou perguntar. Você tá apaixonado por essa mulher, Cristiano?

Quando eu ia escutar a resposta, uma senhora de mais ou menos uns quarenta e pouco anos, toca  meu ombro, me fazendo sobressaltar.

- Quem é você? Porque está escutando atrás da porta?

Saio a puxando, fazendo sinal para que não faça barulho e me corroendo de vontade de saber a porcaria da resposta.

Arrasto a senhora até a cozinha, onde eu estava antes e ela me olha confusa.

- Desculpa, senhora, eu me chamo Luana, sou é… amiga do Cristiano.

- Amiga que gosta de ouvir atrás da porta, né, mocinha? - fala, me repreendendo, com voz doce.

- Ai, eu não costumo fazer esse tipo de coisa, mas é que o assunto lá sou eu.

- Você? Porque?

- Bom, acho que o pai do Cris não gostou muito de me ver por aqui.

- É bem provável e deve ter ficado alarmado também.

- Alarmado?

- Sim, até eu estou.

- Desculpa, mas a senhora é o que do Cris?

- Sou a governanta dessa casa. Trabalho a muitos anos aqui, tenho o Cristiano como o filho que nunca tive. Aliás, me chamo Maria. - fala, estendendo a mão para finalmente me cumprimentar.

- Prazer, dona Maria. Mas porque diz estar alarmada em me ver aqui.

- Porque você é a primeira mulher que pisa nessa casa, além de mim e as da família Roriz. Vocês estão namorando?

- Namorando? Não, não estamos. A verdade é que não sei muito bem o que está acontecendo entre nós.

- Você gosta dele? - pergunta, e por algum motivo resolvo me abrir com essa senhora de ar doce e voz aveludada. Sabe quando o santo bate? Então!

Meu Querido ChefinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora