Capítulo 38

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No dia que se sucedeu ao ocorrido de ter conhecido seu pai, Christine precisava sair mais uma vez. Tinha recebido um e-mail de Marcos e seu coração chegou a disparar, era necessário voltar para a cidade e tinha de ser já! Precisava se arrumar, desde o topo da cabeça, até os dedões do pé para rever Marcos.

— Amor — Chamou o namorado —, preciso voltar para resolver mais algumas coisas com o caseiro. — Era verdade, mas usaria para encobrir suas mentiras — E, aliás, preciso voltar a trabalhar... — Aquela era outra verdade, mas não totalmente — Já acabaram as minhas férias, infelizmente. Passei quase um ano aqui com você. É hora de voltar. Estou com saudades de dar aulas. — Rindo, passou a mão pelos cabelos.

Lion a olhou. Ela parecia nervosa. De fato estava, mas não com aquilo que ele pensava. Levantou e foi caminhando até ela. Estava com um dos filhotes de Porcelana nos braços. Sorriu-lhe e tocou seu rosto com o máximo de carinho.

— Quer que eu vá com você, querida? — Ergueu levemente as sobrancelhas, encarando-a com brandura tremenda.

— Não, na verdade. — Evitou-o, indo na direção da cozinha — Não posso tirar você desse conforto. Mas... — Hesitou, olhando brevemente para trás — Posso deixar Porcelana aqui com você e os filhotes? — Virou-se, segurando uma xícara com café — Vou voltar aqui todos os fins de semana, mas será estressante ficar viajando com eles!

Ele pareceu entender e sorriu, confirmando enquanto acalentava o pequeno em seu colo, que estava dormindo e ronronando. Havia ganho muito apreço por aqueles gatinhos, contradizendo tudo o que pensava.

— Quando parte? — Aproximou-se, deixando o gato no sofá.

— Agora mesmo. — Sorriu novamente, agora tentando parecer normal — Já são oito horas da manhã. Isso quer dizer que quanto mais cedo eu chegar, melhor para mim.

— Oh... — Um tanto decepcionado, coçou a cabeça e deu um beijo na testa de Christine — Certo... Vá com cuidado.

— Sempre. — Ela o beijou e correu para arrumar as malas.

Subiu as escadas e em dez minutos sua mala já estava pronta. Se arrumou de forma desleixada e correu para o carro. Gritou antes de entrar um "ligo assim que chegar" e entrou, ligou o veículo e partiu em alta velocidade, como se estivesse fugindo de Lionnel, que ficou bastante magoado.

Christine olhava o celular e tentava ligar para Marcos a todo momento. Por sorte, a estrada sempre estava vazia e ela estava em baixa velocidade durante a maior parte do percurso.

 Por sorte, a estrada sempre estava vazia e ela estava em baixa velocidade durante a maior parte do percurso

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(Depois)

Chegando em casa logo que anoiteceu, mesmo que a viagem tivesse sido exaustiva, Christine não se sentia cansada. Estava ansiosa, nervosa para ver Marcos, mesmo que só fosse vê-lo dali uns dias, queria primeiro colocar sua cabeça no lugar. Iria reencontrar o homem que... Ela nem sabia explicar o que sentia.

Christine - Ela É A Fera [COMPLETO]Onde histórias criam vida. Descubra agora