Christine - Ela É A Fera [COMPLETO]

Capítulo 44

Durante a madrugada, Marcos acordou por estar ouvindo um barulho na parte de baixo da casa de Christine, sentia que algo não estava certo. Levantou-se, acordando Christine e a alertando sobre o barulho, mas ela rebateu avisando que ali era um bairro extremamente seguro, Marcos, inconformado, disse que iria ver o que era. Ele saiu do quarto e pediu que ela ficasse lá, e caso percebesse algo, chamasse a polícia.

Indo para fora, Marcos cruzou o corredor até a escada e desceu vagaroso, mas não conseguia ver nada no escuro, e quando alcançou o primeiro andar, recebeu um baque na nuca e desmaiou imediatamente. Havia sido acertado por uma bengala. O homem que o acertou o pegou no colo e o levou para o andar de baixo, onde o trancou no banheiro que ficava próximo do porão, embaixo da escada. Aquele era o diabólico Frigor. Ernesto.

Frigor havia chegado lá cinco minutos antes e já estava com seu plano em vigor há dias. Com o guerreiro que protegeria Christine desacordado, Frigor tinha liberdade para fazer o que quiser, infelizmente. Suas mensagens haviam deixado Marcos atordoado e bem sabia disso, mas Christine não sabia.

O Duque começou a subir as escadas e tirar a parte de cima de seu terno, ele não queria que se sujassem, deixando tudo em uma mesinha no corredor de cima, sobre o telefone e a máscara de Christine. Se aproveitou do escuro e entrou no quarto, calmo, lento como um puma prestes a pular em sua presa, pronto para destroçar mais uma alma naquela mesma noite.

Christine respirou aliviada ao ver o homem entrar em seu quarto, podendo jurar que aquele era Marcos. Descobriu-se dos lençóis para recebê-lo. Havia somente uma luz fraca vindo do banheiro do andar de cima, dito cujo a luz sempre estava acesa, então tudo o que ela conseguia ver era uma silhueta masculina.

— O que era? — Perguntou, esfregando os olhos, estava com o celular em mãos, mas estava apagado, afinal, não ouviu nada de Marcos para ligar à polícia.

— Um cachorro abandonado que estava revirado suas latas de lixo, perto da janela, que esqueceu aberta, por isso ouvi o barulho. — Ela notou a voz diferente, claro, e tentou acender a luz do abajur, mas foi segura por Ernesto, que segurou seu braço e a puxou para ir para cima dele.

— Você está bem, Marcos? — Ela não queria abraços naquele momento e não entendia muito bem o motivo.

— Garganta seca — ele percebeu que ela estava meio afastada, querendo ligar a luz ainda mais —, querida...

Frigor se juntou a ela de maneira forçada, sentindo seu doce perfume. Aproveitando o fato que ainda estava sonolenta, embora estivesse assustada, tocou seu corpo em uma tentativa de convencê-la a fazer sexo novamente, mas ela o afastou mais uma vez, mas ele continuou tentando até chegar onde queria, e ao encostar em sua vagina, soube que Marcos não usou proteção. Sorrindo, tentou virá-la de costas para si e tocá-la novamente.

— Marcos... — Falou, tentando se afastar — Agora não!

— Shhh... — Ernesto a segurou, agora com mais força.

Ele pôs a mão sobre a boca dela e continuou, mais forte. Estava a machucando com seus dedos, parecia querer rompê-la em duas e Christine entendeu que não era o seu Marcos. Marcos jamais a machucaria ou tentaria forçá-la a nada que não quisesse fazer.

Ela tentou se desvencilhar das mãos dele, debatendo-se e jogando-se para o chão. Queria sair dali e ligar para a polícia, como Marcos havia dito que deveria fazer. Quando conseguiu finalmente sair da cama e erguer-se do chão, em segundos, acendeu o abajur e se cobriu com as mãos, soltando um grito. Não era Marcos. Sequer lembrava que já tinha visto aquele homem.

— QUEM É VOCÊ?! — Gritou, queria que seus vizinhos escutassem seus gritos, queria que todos escutassem e lhe salvassem dali.

— És bonita como sua mãe... — Frigor levantou-se como se nada estivesse acontecendo — Tens o cheiro e a formosura dela. Também grita igual? — Disse ameaçador, indo para cima dela, dessa vez violento.