34

9.6K 904 89
                                    

Maria Liara
Lia
___

Uma semanas depois...

Uma semana se passou desde aquele dia horrível, já tô bem melhor, mas a minha vida não é mas a mesma, eu Liara, não me sinto, Liara. Eu posso ser qualquer pessoa, menos eu mesma.

Minha mãe ainda não sabe, não quero dá esse desgosto a ela, Maciel nunca mas me procurou e eu agradeço a Deus por isso.

Marcela- Vamo Liara __ Mamãe grita lá da sala.

- Tô indo__ falo um pouco alto para a mesma ouvir.

Arrumo a saia do meu vestido e noto meu corpo magro no espelho, passo a mão no meu cabelo abaixando alguns fios e por fim deixo o quarto e encontro minha mãe sentada no sofá e minha espera.

-Vamos ?__chamo-a

Marcela- Vamos meu amor __ Mamãe se levanta, pegando sua bíblia e caminha em minha direção.

Saímos de casa e Mamãe me entrega a bíblia e fecha a porta, caminhamos lado á lado passando por algumas vielas e saímos na rua principal.

Marcela- Antes vamos passar ali no seu Luís, quero pagar a conta que tô devendo.__ fala e me olha.

Eu apenas balanço a cabeça assentindo.

Damos mais alguns passos e paramos em frente a vendinha de seu Luís.

Marcela- Espera ai __ diz e vai entrando sem dá tempo de eu responder.

Alguns minutos se passa e nada dá minha mãe aparecer é quando sinto alguém tocando meu ombro e eu ligeiramente olho pra trás vendo, um menino magrinho com uma enorme fuzil atravessada em suas costas, o mesmo menino que Maciel mandou me chamar no dia do Baile.

__ Patrão mandou aparecer lá no barraco hoje __ disse __ 21:30. __ falou e me olhou dos pés a cabeça.

- T..tá __gaguejei __O..obrigada__ sussurrei.

O menino balançou a cabeça e me deu as costas, saindo de perto, na mesma hora Mamãe saiu de dentro da mercearia.

Marcela- Vamos __chamou.

- Va..vamos__ começamos a caminhar em direção a igreja que já estava próxima.

Marcela- Aconteceu alguma coisa ?__perguntou__ você ta estranha__ disse.

-Nã..o mãe __gaguejei e olhei para o outro lado da rua, me deparando com 'ele'.

Ele me olhou e virou o rosto, estava mas alguns homens sentado em uma mesa, provavelmente bebendo. Meu corpo começou a tremer assim que vi o mesmo me olhar novamente, virei meu rosto e abaixei minha cabeça.

(...)

O pastor para de falar por um minuto, e chama pelo meu nome, para glorificar ao senhor.

Me levanto da cadeira e caminho pelo meio da igreja até chegar no palco.

-Agradeço pela oportunidade __falei com o microfone posicionado em minha boca.

O toque da música começou a soar por meus ouvidos me deixando com uma vontade enorme de cantar.

-Foi por amor 
Que Jesus se entregou numa cruz 
Por nos amar 
Do pecado Ele nos libertou 
Não há no mundo 
Nada que vence esse amor __ Cantei a primeira estrofe da música e fechei meus olhos deixando apenas minha voz sair, ao abrir meus olhos vi minha mãe com uma mão no peito e outra para o alto, seus olhos estavam fechados e as palavras da música saiu com facilidade de sua boca. Então continuei a cantar.

-Eu sei é tão difícil entender 
A morte de Jesus 
A sua dor 
O seu sofrer __ dei uma pequena pausa__ Tudo o que Ele passou por mim e por você 
A morte tentou vencer o amor de Jesus 
Mas Ele venceu e hoje vive 
E Ele nos ensinou que tudo passará 
E o que realmente irá contar 
É o amor __fechei meu olhos e sentir uma lágrima escorrer por minha face.

-Foi por amor 
Que Jesus se entregou numa cruz 
Por nos amar 
Do pecado Ele nos libertou 
Não há no mundo 
Nada que vence esse amor __ Ouvir minha voz falhar um pouco e algumas pessoas cantar junto a mim.

-A morte tentou vencer o amor de Jesus 
Mas Ele venceu e hoje vive 
E Ele nos ensinou que tudo passará 
E o que realmente irá contar 
É o amor __ Meus pensamentos fluiram nessa parte. 💭Realmente é como se o amor podesse nos salvar💭

-Foi por amor 
Que Jesus se entregou numa cruz 
Por nos amar 
Do pecado Ele nos libertou 
Não há no mundo 
Nada que vence esse amor __cantei__ Não há nada no mundo __falei baixo.

-Nada pode vencer teu sacrifício na cruz 
Nada pode vencer o teu amor, meu Jesus 
Nada pode vencer teu sacrifício Jesus__ Terminei de cantar a música e abrir os olhos.

Enxuguei as lágrimas que caíam sobre meu rosto e entreguei o microfone ao pastor que me deu um leve sorriso. Retribui o mesmo e andei até minha mãe sentando ao seu lado.

Marcela- Foi lindo __sussurrou.

-Obrigada mãe __ dei um beijo em seu rosto e dei um leve sorriso.__ eu te amo __ sussurrei.

Marcela- Eu também te amo meu amor __ sussurrou de volta

Foi Na FAVELAOnde histórias criam vida. Descubra agora