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Maciel Andrade
___

Davi- Desculpa irmão__sussurrou

Fechei meus olhos ao ouvir sua voz, mais calma.

Davi- Eu perdi a cabeça, eu..eu esperei tanto por isso__disse __ fica aqui, por favor __ sussurrou __ fica aqui comigo pra tudo voltar a ser como antes __ pediu.

- Não posso __ sussurrei de volta __ Eu vou voltar, mas eu não posso ficar, agora __ sair do abraço e olhei Fernanda que me olhava com os olhos cheio de lágrimas.

Davi- Vai me deixar de novo ?__ chorou __ vai ser assim ?__perguntou __ porque se eu soubesse, eu não teria nem descido __ virou o rosto pro outro lado.

- Eu preciso fazer uma coisa, tá? __falei __ preciso arrumar minha vida, preciso te dá um futuro __ chorei. __ eu vou voltar __sussurrei.

Abracei mais uma vez meu amigo e assim choramos juntos, foi tantos anos sem vê-lo, tantos anos sem falar com ele, sem me sentir importante o bastante pra alguém.

Davi- Volta logo __ sussurrou __ por favor __pediu.

-Eu vou voltar __ sussurrei __ vou vim te buscar, quando as coisas estiverem melhor, eu venho.__ falei

Davi saiu do abraço e balançou a cabeça positivamente, dando um leve sorriso.

Entrei no carro e fechei a porta ainda os olhando pela janela, Marlon deu partida no mesmo e cada vez que o carro se afastava, mas eu me desbruçava na janela para poder vê-los, eu tinha deixado minha família para trás, mais uma vez.

Sentei direito no banco do carro quando eu já não podia mais ver nenhum deles.

Fechei meus olhos e joguei a cabeça pra trás sentindo minhas lágrimas inundarem meu rosto, sentir um leve toque no mesmo e abrir meus olhos vendo Anne tocar meu rosto, dei um leve sorriso para a mesma e fechei meus olhos sentindo seu carinho.

Anne- Mamãe disse que vai ficar tudo bem __ sussurrou

Balancei minha cabeça positivamente e levei minha mão até a mão de Anne,  segurando a mesma e a tirando de meu rosto.

Limpei meu rosto com as costas das mãos e abrir a porta do carro que tinha acabado de parar no pé do Morro, sair do mesmo e caminhei onde Marlon estava lhe dando um abraço apertado.

-Obrigado __falei.

Marlon- Eu te amo __ sussurrou.

- Eu também __ falei __ Eu também te amo, pai __ sussurrei.

Marlon deu um leve sorriso e saiu do abraço bagunçando meus cabelos com á mão.

Marlon- E você, se cuida __ alisou os cabelos de Anne.

Anne- Ta bom, papai __ sorriu.

Marlon- Cuida deles __ olhou Fernanda

Fernanda- Vou cuidar __ disse dando o leve sorriso

Marlon entrou no carro e fechou as Janelas do mesmo, olhei o carro mais uma vez e caminhei junto a Fernanda e Anne até o outro lado da rua onde um Táxi nos esperava.

(...)

Entrei em casa e me joguei na cama fechando meus olhos, nem com todo sono do mundo eu não conseguia dormi, fiquei pensando no meu dia hoje, aconteceram coisas ruins hoje, mas a que mais prevaleceu foi as coisas boas, que vou ficar bem guardadas em minha memória.

A porta foi aberta bruscamente me fazendo gelar, logo um cheiro de álcool e maconha invadiram minha narina me deixando imóvel, deixei meus olhos fechados com medo do que ele poderia fazer comigo.

R1- ONDE VOCÊS TAVAM __ gritou __ FALA PORRA __ gritou mas uma vez quando não obteve respostas__ LEVANTA DAI __ puxou a coberta que me enrolava __ LEVANTA PORRA __ gritou.

Abrir meus olhos e levantei, minhas pernas ficaram bambas, mas me sustentei segurando na comoda. Olhei pro lado, onde Fernanda e Anne já choravam o olhando, Anne de escondia atrás de Fernanda em sinal de proteção.

R1- Vem cá, moleque __ puxou meus cabelos me jogando no chão.__ Não vai falar onde foram ?__ perguntou.

Fernanda- Para Ricardo, por favor __ pediu __ a gente só foi da uma volta no shopping, para __ chorou.

R1- É R1 pra tu, porra __ deu um tapa em sua cara fazendo a mesma cair no chão.

Eu não conseguir sentir dor, só ódio, levantei do chão e caminhei onde ele tava em passos rápido.

- Não bate nela, seu verme __ dei um soco no meio de seu rosto.__ não bate nela __ apontei um dedo em sua cara enquanto chutava o meio de suas pernas.

E vendo ele caindo no chão de dor, e grunindo me chamando de nomes feios e dizendo que vai me matar.

- Eu que deveria ter te matado quando eu tive chance __ falei alto.

Ao ouvir isso, R1 se levantou vindo pra cima de mim e prendendo meu pescoço com uma de suas mãos me deixando sem ar.

R1- Não matou porque não quis __ disse ao me da um murro no estômago me fazendo perder totalmente o ar. __ seu viadinho nojento __ deu um chute em minhas pernas.

R1 me soltou e de imediato eu cair no chão grunindo de dor, ele passou a me das chutes na barriga, enquanto eu ouvia Fernanda e Anne gritarem pedindo pro mesmo parar, Fernanda tentava puxa-lo para trás mas o mesmo nem se movia a não pra me bater.

Seus chutes parecia ficar mais forte a cada vez que eram desferido em mim, o mundo todo ficou em silêncio pra mim quando sentir uma bola subir garganta acima me fazer engasgar e cuspir sangue, virei meu rosto pro lado e sorrir lembrando de Davi, deitei minha cabeça no chão e apaguei.

Foi Na FAVELAOnde histórias criam vida. Descubra agora