03 - Discovery Channel Boy

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[Nota da autora: este capítulo contém bastante conteúdo adulto! Leiam por sua conta e risco xD]


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Ian me arrastou para esse "lance" (nas palavras dele) que mais tarde descobri ser uma espécie de luau. Era sexta à noite e a galera se reuniu para basicamente tocar violão, ficarem bêbados e se pegarem entre si. Nem preciso dizer que eu não estava com muito no humor pra esse tipo de coisa.

Por tanto tempo aquela foi a minha vida. Por tanto tempo todas aquelas coisas costumavam me preencher com a sensação de que se não fosse daquele jeito, minha juventude estaria sendo jogada no lixo. Por que agora eu sentia que estava apenas assistindo a vida de outra pessoa pela tela de uma TV?

Percebo que Fran estava me observando divagar esse tempo todo. Era a primeira vez em dias que ela parecia mais amigável comigo.

- Como vai seu namorado? - ela diz. Será que o boato da festa tinha se espalhado?

- Que namorado?

- Nathan, vocês se pegam na biblioteca pra todo mundo ver. Francamente...

É sério isso? Achei que estávamos bastante escondidos. Mas parece que não...

- É uma boa coisa que você seja gay - ela diz sem rodeios.

- Que? Eu não sou...

- Assim se torna mais fácil pra mim te superar.

- Fran...

- A gente tá namorando oficialmente agora - ela diz se referindo a Ian, que está conversando com outras pessoas e não percebe que a conversa é sobre ele - Só achei que deveria saber.

- Bem... você está feliz? - pergunto, genuinamente preocupado.

- Talvez.

- Se ele fizer algo estúpido, me avise. Posso dar uma porrada nele para corrigi-lo.

Ela finalmente ri mais descontraída.

- Agora que paro pra pensar, faz tanto sentido que vocês dois estejam juntos assim. Eu fui idiota por um tempo achando que você estava trocando a gente...

- Você está falando de Eric?

- De quem mais, seu idiota?

- Eu não sei se estamos juntos.

Ela me fita por um tempo, confusa.

- Bom, isso é problema seu...

Eu estava tão acostumado com as migalhas que não sabia o que tudo aquilo queria dizer, e muito menos ligava para os rótulos. Mas por que algo dentro de mim me dizia que apenas daquele jeito não era suficiente? Eu queria mais e ao mesmo tempo não sabia o que era esse "mais".


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Naquele sábado no final da tarde, meu celular apitou, me acordando de uma soneca. Era Sara.

S - SOCORRO!!!!

N - O que foi???? (ela quase me matou de susto).

S - Que tédio da porra. O que você vai fazer hoje?

N - Não me assuste desse jeito...

S - Vamos sair pra beber. Vamos. Vamos???

N - Talvez...

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