25 - Eu estarei aqui

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N/A: Na minha opinião o melhor de Nat e Eric está de volta nesse capítulo xD Eu poderia escrever sobre os dois pra sempre, porque eles estão simplesmente tão vivos dentro de mim. Quanto ao bloqueio criativo, estou finalmente voltando a escrever aos poucos. Se eu estou satisfeita com o que escrevo, isso já é outra história. Espero que gostem!

Ah! Ainda estamos sem a ilustração da capa e peço desculpas por isso, mas decidi postar o capítulo mesmo assim pra não deixar vocês sem atualização! :*


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‒ Então, qual desses você acha que é?

Estávamos parados no meio do corredor do supermercado olhando para aquela prateleira a nossa frente cheia de frascos coloridos com conteúdos estranhos. Eric aponta pro celular dele.

‒ Aqui na receita diz alcaparras. Apenas pegue as alcaparras.

‒ Como eu vou saber? Eu nunca comi alcaparras.

‒ Você nunca comeu alcaparras? - Eric faz aquela pergunta retórica como se isso fosse uma coisa muito absurda - ...E por que você tá sorrindo desse jeito?

Envolvo seu ombro com meu braço, aproximando-o de mim.

‒ Você não vai dizer agora as incríveis propriedades das alcaparras? Vamos, me convença.

‒...

Ele parecia confuso.

‒ Não foi exatamente desse jeito que você me seduziu pela primeira vez?

Ele então se dá conta e tenta se afastar de mim, mas continua preso no meu abraço.

‒ Quantas vezes preciso dizer que eu não me lembro disso? Quando trabalhava com meus pais, eu fazia tudo no modo automático!

‒ Ok, ok...

Primeiro, achei que ele estivesse irritado, mas depois me dei conta que na verdade ele estava um pouco encabulado.

‒ Vamos pra casa - digo em seu ouvido.

‒ Mas você disse que queria cozinhar...

‒ Esquece o que eu disse, a gente pede comida no aplicativo.

‒ Você me fez sair de casa pra nada? Não mesmo! - ele diz enquanto joga um vidro na cestinha com o que imaginei serem as alcaparras e sai andando.

Eric estava focado nas compras e não fazia ideia do quanto eu estava feliz por poder fazer esse tipo de coisa corriqueira com ele. Não era essa a vida com a qual sempre fantasiei?

Quando entramos no corredor dos congelados, vi Eric estremecer, então subi a gola da sua jaqueta pra proteger seu pescoço, me aproximando demais pra fazer isso.

‒ Ainda dá tempo de voltar - digo, provocando-o.

‒ Você é a porra de uma criança no supermercado?

Coloco minhas mãos para o alto, como se tivesse sido surpreendido por um policial, dou a volta nele, como quem não quer nada, e então, o abraço por trás, colando minha boca em seu pescoço.

‒ O que eu posso fazer se meu namorado é tão gostoso...?

Eric suspira e continua fazendo as compras como se eu nem existisse - exceto pelo fato de estar grudado a ele feito um carrapato me arrastando pelos corredores.

‒ Queijo normal ou light? - ele pergunta mais pra si mesmo, fingindo não se importar comigo.

Me viro, ficando frente a frente com ele, nossos rostos tão próximos que nossos narizes não se tocavam apenas por um triz. Vejo o pomo de adão de Eric subir e descer, seu corpo subitamente rígido. Sustento seu olhar por um tempo até quebrar a tensão entre nós.

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