O Acaso ou O Destino?

Capítulo 16 - Mais uma decepção amorosa.

Eu gostaria que você pudesse ser honesto. Eu queria que você pudesse ser honesto comigo.

-- The Neighbourhood (Honest)

Boa Leitura. ♡

Travis Kingston: Narrando

Cara tinha alguma coisa acontecendo comigo, eu estava completamente louco por Blue. O fato dela me contar sobre sua infância só aumentou algo que eu começava a nutrir por ela. Era tanta coisa rondando minha mente que eu nem sabia mais no que pensar.

Entrei com meu carro na mecânica e lá estava meus primos, tomei um susto ao ver Fiorella com a bebê em seu colo enquanto a bebê chorava. Não havia rastros de Radhassa, o que me fez pensar que a vadia já tinha abandonado a criança ali com eles, ou melhor, comigo.

-- Cadê a vadia da Radhassa? -- Indaguei nervoso.

-- Ela disse que precisava comprar algumas coisas para ela. -- Keith respondeu calmo e confuso. -- Porque não nos contou que ela tinha uma filha com você? Ela largou a menina lá dentro e saiu, a menina estava chorando...

-- E ela ta toda cagada mano, Fiorella revirou o quarto onde ela estava e não tem nada pra menina, nem leite, nem fralda, porra nenhuma. -- Grant interrompeu Keith, ele estava severo como se a culpa fosse inteiramente minha.

-- Travis, porque não contou que tinha uma filha? -- Minha prima tentava acalmar a bebê em seu colo, mas por mais que Fiorella estivesse a tratando com toda calma e carinho, ela não parava de chorar de forma alguma. Meu corpo começou a esquentar de nervoso, com todos eles me olhando, a menina chorando, e a vadia que não estava ali para cuidar de sua própria filha como obrigação.

-- Não sei se ela é minha filha. -- Apontei para a garotinha com a cabeça. Os três me olharam confusos. -- Radhassa chegou aqui ontem a noite dizendo que ela era minha filha, mas não acredito na vadia golpista. Ela vai pagar por ter deixado ela aqui sozinha, não temos obrigações, vocês não têm obrigação de ver a filha dela... Aquela puta de quinta vai se ver comigo quando chegar... -- Vociferei nervoso.

-- Mas cara, a menina ta cagada, a mãe vaca dela não está aqui... -- Grant estava certo, eu não podia deixar a menina cagada, ela ia assar.

PORRA!

-- Grant liga seu carro, tu vai com a gente. Fiorella me da a menina e entra no carro também, vamos ao mercado comprar o que ela precisa. -- Olhei para Keith e ele entendeu, ficaria na mecânica. -- Quando a vaca chegar não deixa ela sair. Aproveita e liga pra porra do convênio que temos e fala que é uma emergência, marca o horário mais cedo que tiver pra amanhã, fala que é pra fazer um teste de DNA e que preciso da merda do resultado pra amanhã mesmo, não importa o preço.

-- Pode deixar, cara. Vou ligar agora.

Eu jamais me imaginei em um mercado comprando fraldas, lenços umedecidos, cotonetes, shampoo, e o caralho todo que uma criança precisa. Olha só onde eu estava, parecia que estávamos indo para uma guerra, a guerra de o que comprar para uma bebê. Estávamos no mercado do shopping center, enquanto eu e Grant pegávamos as fraldas e essas coisas, Fiorella estava em uma loja comprando roupas para a bebê, e a bebê estava em meu colo, toda suada e com um cheiro nada agradável na fralda.

-- Grant não esquece pomada de assadura, acho que esse cheiro vai deixar marcas na menina, tá só por Deus isso daqui meu irmão. -- Ele riu da minha situação, porque apesar do cheiro eu tinha que segurar ela bem firme porque tinha medo dela cair, ou seja, eu tinha que morrer pelo olfato.